"Mais pesado é o céu", de Petrus Cariry com Matheus Nachtergaele e Ana Luiza Rios. Crédito: Divulgação

"Mais pesado é o céu", de Petrus Cariry com Matheus Nachtergaele e Ana Luiza Rios. Crédito: Divulgação

FESTin: Filme brasileiro é o grande vencedor da 15ª edição do festival

Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa encerra edição com promessa de desembarcar no Brasil

13/05/2024 às 10:00 | 3 min de leitura
Jordan Alves
Jordan Alves
jordan@brasilja.pt

Jornalista da BRASIL JÁ

A festa de encerramento do FESTin aconteceu no último sábado (11), em Lisboa, com produções verde e amarelas em destaque. O filme brasileiro "Mais pesado é o céu" foi o grande vencedor da 15ª edição do festival, sendo eleito o melhor longa de ficção e melhor direção.

"De longe toda serra é azul", também do Brasil, recebeu o prêmio de melhor documentário. E o prêmio de curta-metragem foi para a produção angolana “Joia”.

Para a crítica, "Mais pesado que o céu", de Petrus Cariry, é duro, forte e com cara de Brasil. O longa-metragem cearense é um retrato da realidade de uma infinidade de pessoas que lutam diariamente para sobreviver em um país que tenta encontrar seus caminhos.

A organização do festival celebrou a edição 2024 por terem explorado temas como  diversidade, imigração, direitos humanos e música, com uma variedade de filmes e de países falantes de português, o que superou o as expectativas dos responsáveis pelo festival. 

“A equipe vestiu a camisa 15 (em alusão à 15ª edição do festival) e fizeram tudo o que foi possível para realizar mais um ano do FESTin”, afirmou Adriana Niemeyer,  diretora artística e programadora do festival.

“Eu gostaria de agradecer ao público participante, a toda a equipe e dizer que iremos para o Brasil. O FESTin desembarca em Fortaleza, no Ceará”,  completou Léa Teixeira, diretora e programadora do FESTin. 

Segundo ela, a perspectiva é de que o festival seja realizado na capital cearense em outubro deste ano.

Léa Teixeira e Adriana Niemeyer no palco da premiação. Crédito: Jordan Alves, BRASIL JÁ

Uma joia angolana

Um dos filmes premiados da noite, “Joia”, de Jonathan Samukange, conta a história verídica de uma jovem angolana num período de grande conflito armado na província de Benguela, no município de Bocoio, e como ela teve que lidar com diversos perigos para reencontrar os pais e irmãs. 

Com coragem, determinação, esperança e amor, ela supera o que parecia impossível. No palco, ao receber o prêmio, a produtora-executiva e idealizadora falou sobre o projeto. 

“Essa é a história da minha mãe e estou muito feliz por celebrar ela em vida com essa homenagem. É uma história que celebra a mulher e, em especial, a mulher angolana”, disse Micaela Reis, que é atriz e fez sua estreia como escritora e responsável pela produção.

Conheça os vencedores da 15º edição:

Prêmio Pessoa Melhor Filme Ficção: "Mais Pesado é o Ceu", de Petrus Cariry

Menção Honrosa Longa-Metragem: "A Festa do Léo", de Luciana Bezerra e Gustavo Melo

Melhor Filme Longa-Metragem voto do público: "Na Mata dos Medos", de Antômio Borges

Prêmio Pessoa Melhor Realizador de Ficção: Petrus Cariry, com "Mais Pesado é o Céu"

Prêmio Pessoa Melhor Ator: Caco Ciocler, em "As Polacas"

Prêmio Pessoa Melhor Atriz: Cintia Rosa, em "A Festa de Léo"

Prêmio Pessoa Melhor Documentário: "De Longe toda Serra é Azul", de Neto Borges 

Menção Honrosa de Documentário:  "Rua Aurora – Refúgio de Todos os Mundos", de Camilo Cavalcante

Melhor Documentário voto do público: "Lindo", de Margarida Gramaxo 

Prêmio Pessoa Melhor Curta-Metragem: "Joia", de Jonathan Samukange

Menção Honrosa Curta-Metragem: "Bodas de Ouro", de Liza Gomes

Melhor Curta-Metragem voto do público: "Joia", de Jonathan Samukange

Melhor filme Infantil voto do público: "Bonita de Rosto", de Ana Squilanti

Melhor filme Mostra Os Diferentes Sotaques da Lusofonia: "O Afinador de Silêncios", de Mário Patrocínio

Após a premiação, o público assistiu ao longa "Mussum – O Films", dirigido por Silvio Guindane, que é um tributo ao comediante brasileiro.

"Mussum – O Films". Crédito: Divulgação
E no encerramento do FESTin ainda teve coquetel com direito a música dos países falantes de língua portuguesa. 
Festa de encerramento FESTin no Fórum Lisboa. Crédito: Jordan Alves, BRASIL JÁ

O festival aconteceu de 2 a 12 de maio e o público pôde conferir os filmes nas salas do Cine Turim, no Auditório Liceu Camões, no Cine Incrível e no Fórum Lisboa. 

A organização do festival reforçou que o FESTin continuará com a missão de difundir, apoiar e divulgar o cinema, que tem como legado cultural comum a língua portuguesa, atualmente falada por 270 milhões de pessoas, contribuindo para transformar o grupo numa comunidade de cidadãos.

Viva o cinema em português!

Rede Social: @festin_festival

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