A Câmara Municipal de Lisboa (CML) anunciou uma série de medidas para reorganizar e reduzir o número de tuk-tuks que circulam pela cidade. À BRASIL JÁ, a administração pública informou que pretende reduzir à metade o número de veículos que fazem esse tipo de transporte de passageiros.
As medidas foram listadas em reunião nesta quarta (31) com representantes dos chamados "operadores de veículos de animação turística", da Polícia Municipal e da Polícia de Segurança Pública (PSP).
Atualmente, a estimativa da Câmara é que rodem 1 mil tuk-tuks na capital portuguesa —número que a administração pretende diminuir para quinhentos.
Essas cinco centenas de veículos terão que contar com motoristas habilitados a estacionar no espaço público. E para tentar solucionar a falta de vagas de estacionamento, a Câmara afirmou que serão criados mais 250 espaços autorizados para veículos licenciados.
A discussão na Câmara municipal ocorre em meio a relatos de conflitos envolvendo motoristas de tuk-tuks. Em 30 de maio, um jovem brasileiro foi agredido por um agente da Polícia Municipal durante uma fiscalização, caso que repercutiu nacionalmente.
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Presidente da Câmara enxerga veículos como problema
O presidente da Câmara, Carlos Moedas, avalia que os veículos turísticos são um "problema" da cidade.
“É fundamental procurar soluções para impor ordem e alguma disciplina neste problema com que a cidade se debate ao longo dos últimos anos. Vamos também ter de assumir uma tolerância zero para algumas das zonas [regiões] que têm sido fortemente massacradas com uma presença desregulada deste tipo de veículos”, afirmou Moedas.
Entre as medidas anunciadas, ainda sem prazo para serem concretizadas, estão:
. Tolerância zero em áreas específicas: a Câmara irá identificar áreas onde será proibido o estacionamento de tuk-tuks. A fiscalização será uma operação conjunta entre a Polícia Municipal, PSP e EMEL.
. Licenciamento obrigatório: os operadores deverão obter licenciamento junto à CML para estacionar em locais determinados. A formação dos operadores será um dos requisitos para a concessão da licença.
A Câmara também informou que solicitará uma reunião com o Turismo de Portugal para discutir o controle do licenciamento dos veículos de animação turística.
Carlos Moedas afirmou será necessário ter colaboração entre as entidades: “É fundamental procurar soluções para impor ordem e alguma disciplina neste problema com que a cidade se debate ao longo dos últimos anos”, acrescentou.