"Futur Drei", de Faraz Shariat - Reprodução

"Futur Drei", de Faraz Shariat - Reprodução

Cinema queer no Porto

Confira a lista de filmes que serão exibidos. A entrada é gratuita!

15/05/2024 às 11:06 | 2 min de leitura | Cultura, Diversão e Arte
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Em comemoração ao Dia Internacional contra a Homofobia, Bifobia, Transfobia e Interfobia, celebrado todo 17 de maio, o Goethe-Institut Portugal e a Universidade do Porto apresentam "Afetos Diversos - Uma Mostra de Filmes Alemães LGBTQIA+". 

A Casa Comum da Reitoria da Universidade do Porto foi o local escolhido para as exibições. 

A ideia é promover e conscientizar a sociedade sobre o tema que é frequentemente alvo de discurso de ódio, e cada sessão terá roda de conversa com o público. 

Futur Drei

Na próxima sexta (17), será exibido "Futur Drei", de Faraz Shariat. Na trama, a vida de Parvis gira em torno de encontros do Grindr (aplicativo de relacionamento), raves e o seu quarto no sótão da casa dos pais iranianos que imigraram para a Alemanha. 

Detido por roubar uma loja, ele é condenado a fazer serviço comunitário como tradutor num abrigo para refugiados, onde conhece dois irmãos que fugiram do Irã. 

Enquanto Amon, que tem dificuldade em se orientar na Alemanha, vê inicialmente o jovem loiro como um "deles", a sua irmã Banafshe é muito mais rápida a descobrir a vida local e as outras "esquisitices" de Parvis, bem como a chama romântica entre os dois rapazes. 

Eles vivem um  verão de amor, em que se dança pela noite e curtem o momento com alegria. 

Zuhurs Töchter e Kokon

Dia 24 de maio será exibido ainda "Zuhurs Töchter", de Laurentia Genske e Robin Humboldt às 18h30, e no dia 31 de maio, também às 18h30,  "Kokon", de Leonie Krippendorff e Steve Guttenberg. 

"Zuhurs Töchter" conta a hstória de Lohan e Samar, que são adolescentes e transgênero. Com a família, as irmãs fugiram da Síria para a Alemanha. Vivem num centro de refugiados com a mãe Zuhur, o pai Talib, a sua segunda mulher Shaharazad e nove irmãos. 

Na sua nova casa, encontram-se num constante estado de tensão, tanto devido às culturas muito diferentes como ao sistema binário de gênero. Enquanto os pais se agarram às tradicionais estruturas familiares, Lohan e Samar estão divididas entre a sua comunidade estritamente religiosa e o ambiente ocidental que lhes facilita a expressão do seu verdadeiro eu. 

Durante três anos, o filme acompanhou-as em incursões, transição e procura de identidade.

"Zuhurs Töchter", de Laurentia Genske e Robin Humboldt - Divulgação

Em "Kokon", num verão sufocante em que se cresce tão depressa, entre primeiros amores e primeiros contratempos, a protagonista, Nora, tenta encontrar o seu caminho na Berlim operária de Kreuzberg, entre uma mãe ausente e uma irmã mais velha protetora. 

Mas, aos 14 anos, a jovem Nora não quer saber de injunções sociais, gênero ou modelos do Instagram: ela quer viver, sair do seu casulo e voar.

"Kokon", de Leonie Krippendorff e Steve Guttenberg - Cartaz / Divulgação

Luta histórica pela existência 

Em  17 de maio de 1990 a OMS (Organização Mundial de Saúde) deixou de considerar a homossexualidade como uma perturbação mental. 

Quinze anos depois,  em 17 de maio de 2005, aconteceu o primeiro International Day Against Homophobia, Biphobia and Transphobia (IDAHOBIT), com a intenção de chamar a atenção e combater a discriminação, a violência e o preconceito contra as pessoas LGBTQIA+ em todo o mundo. 

Em 2015, a iniciativa alcançou as proporções que hoje conhecemos. É um dia de apelo a pessoas, organizações e governos para que sejam tomadas medidas que defendam os direitos das pessoas LGBTQIA+, criando ambientes mais seguros e inclusivos.

A Casa Comum  fica na Reitoria da Universidade do Porto (Praça de Gomes Teixeira, 4099-002 Porto, Portugal).

Clique aqui para mais informações da mostra. Bom filme! 

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