Donald Trump, de 78 anos, venceu as eleições presidenciais nos Estados Unidos ao garantir votos suficientes para um novo mandato como presidente dos Estados Unidos. É o que apontou projeção de veículos de imprensa nesta quarta (6).
A vitória de Trump foi anunciada por volta das 7h30 (hora local nos Estados Unidos) depois que Trump venceu a disputa contra Kamala Harris no estado-chave de Wisconsin. Assim, o republicano ultrapassou a marca necessária de 270 delegados e se credenciou para novamente ocupar a cadeira presidencial na Casa Branca.
Além de Wisconsin, Trump venceu também em outros estados decisivos, como Pensilvânia, Carolina do Norte e na Geórgia. Outros estados chamados pendulares, os swing states, ainda estavam pendentes de apuração. Entretanto, o resultado não será mudado caso Harris vença.
Antes mesmo de Kamala Harris reconhecer a derrota, Trump se autodeclarou vitorioso durante discurso na Flórida. Num tom algo mais moderado, na declaração Trump pregou a união entre os norte-americanos, mas voltou a mencionar imigrantes irregulares e disse que cumpriria promessas de campanha.
O primeiro-ministro português, Luís Montenegro parabenizou Trump pela vitória e afirmou em mensagem no X que está empenhado em trabalhar em "colaboração estreita" com os Estados Unidos.
Chefe de Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que há que trabalhar em conjunto com a futura administração de Donald Trump, e acrescentou que pretende voltar a visitar o homólogo na Casa Branca.
Assim como Montenegro e Marcelo, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também parabenizou Trump pela vitória.
"A União Europeia e os Estados Unidos são mais do que apenas aliados. Nós estamos ligados por uma verdadeira parceria entre os nossos povos, unindo 800 milhões de cidadãos", afirmou von der Leyen.
Primeiro presidente condenado
Reeleito, Trump é o primeiro presidente eleito dos Estados Unidos com uma condenação criminal no currículo. Ao ser condenado no início do ano, o magnata já havia feito história ao ser o primeiro ex-presidente a receber uma condenação por um crime.
Em 30 de maio, Trump foi considerado culpado em Nova York por 34 acusações que tratam de falsificações em registros comerciais para ocultar o pagamento para uma estrela pornô dias antes da eleição de 2016. Trump mediou o pagamento para que a mulher ficasse em silêncio sobre um suposto relacionamento que ambos tiveram uma década antes.
O juiz do caso, entretanto, atrasou a sentença de Trump para depois de 5 de novembro, ou seja, depois do dia das eleições —o que não impede que o magnata e presidente eleito seja preso depois do pleito.
Em todo caso, a Constituição americana não impede que um condenado concorra às eleições. O texto constitucional, por outro lado, impõe travas ao poder presidencial caso o eleito seja sentenciado a cumprir pena na cadeia. Trump não poderia, por exemplo, indultar a si mesmo.