O número de hóspedes brasileiros em estabelecimentos turísticos em Portugal registrou queda durante o mês de junho deste ano. É o que indica o relatório das atividades turísticas divulgado na quarta (31) pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE) do país.
Os dados do INE são valores preliminares e abrangem todas as regiões do país, incluindo as ilhas da Madeira e dos Açores.
Dez países concentraram 77,7% das diárias de estrangeiros em junho, com destaque para os turistas britânicos, que representaram 20,8% do total de estadias de não residentes no mês.
Depois vêm os Estados Unidos, sendo o segundo principal mercado, com 10,6%, representando um crescimento de 13,7% na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Na sequência vem Alemanha (10,6%) e Espanha (8%).
Na lista também constam os Países Baixos e o Canadá, com percentuais de 4,6% e 2,6%, respectivamente. E o peso do mercado brasileiro no resultado ficou em 4,2%, representando uma queda de 1% no número de estadas.
Os dados gerais, considerando residentes e estrangeiros, apontam que, em junho deste ano, o setor turístico português registrou três milhões de hóspedes e 7,8 milhões de diárias. Desse total, 5,6 milhões foram diárias de estrangeiros.
Setúbal foi a região mais procurada
A região do país que, de forma geral (estrangeiros e residentes), mais contabilizou estadas foi a Península de Setúbal, somando 9,1%. Depois vem os Açores, que registrou um aumento de 7,2% em relação a junho do ano passado.
Em terceiro aparece a Ilha da Madeira, com 3,3%, e o Algarve, com um crescimento de 3,7%.
Considerando só a permanência de não residentes, que cresceram em todas as regiões do país, a região do Alentejo se destacou, com aumento de 14,6%. Também houve crescimento nos Açores, com 11,8%, se comparado com junho do ano passado.
Lisboa aparece no quadro do mês de junho com 1,4 milhões de hospedagens de estrangeiros, correspondendo a 4,1% de aumento em comparação com 2023.
Se comparado com junho do ano passado, a hospedagem média nos estabelecimentos de alojamento turístico foi de 2,56 noites, que significa uma queda de 1,8%. Entre os estrangeiros, houve uma baixa de 1,3% em relação a 2024, registrando 2,92 noites.
Em todas as regiões de Portugal a estadia de não residentes foi mais longa do que a registrada entre turistas nacionais, com destaque para a Madeira —5,04 noites para estrangeiros contra 3,29 de residentes.
Já a ocupação nos estabelecimentos de alojamento turístico aumentou, em junho, 54,2%.
Em relação ao número de diárias e número de camas disponíveis houve, segundo o INE, um aumento de 64,4% nas taxas de ocupação-cama e ocupação-quarto.