A campeã Viradouro domina a Sapucaí, já nas primeiras horas da manhã. Crédito: Marco Terranova, Riotur

A campeã Viradouro domina a Sapucaí, já nas primeiras horas da manhã. Crédito: Marco Terranova, Riotur

Os 40 anos da Marques de Sapucaí e um até breve à folia

No Camarote Favela, ministro do Turismo declarou que festa no país foi a maior da história

20/02/2024 às 17:42 | 3 min de leitura
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O Sábado das Campeãs, quando desfilam as melhores colocadas do Grupo Especial, foi de mais festa na sagrada Passarela do Samba. Antes dos desfiles das agremiações, para celebrar o 40º aniversário da Sapucaí, se apresentaram ao público Anitta, Alcione e Zeca Pagodinho, que levantaram as arquibancadas. 

Em seguida, as protagonistas da noite entraram na Avenida, começando com a Vila Isabel, a sexta colocada do Carnaval de 2024.  Na sequência, Portela e Salgueiro (quinta e quarta colocada). E fechando a noite de desfiles teve Grande Rio, Imperatriz e a imensa campeã, Viradouro. 

Voltar a assistir aos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro morando fora é mais do que uma alegria. Beira o sublime. Atualmente, vivo em Portugal. E já são seis anos em terras lusitanas. Curiosamente, percebi que essa ida ao Brasil, e bem na época Carnaval, me fez valorizar ainda mais estar no palco do samba.  

A primeira vez que estive na Marquês de Sapucaí tinha oito anos. Assisti aos desfiles da arquibancada do Setor 1, trecho do sambódromo onde a escolas se preparam o famoso aquecimento para entrar na Avenida. Alguns defendem que é o melhor lugar para se ver a evolução das escolas.

De lá pra cá, estive em diversos pontos da Passarela do samba, e sempre conservando a mesma euforia. Para quem gosta de carnaval, e mais precisamente dos desfiles das escolas de samba, estar na Marquês de Sapucaí é uma experiência transformadora. 

No subúrbio do Rio o desfile das escolas de samba sempre ecoaram nas televisões do prédio onde eu vivia com a minha família. Seja pela TV ou na pista da Sapucaí, nunca deixei de conferir os desfiles. Nos anos em que vivo do outro lado do Atlântico, continuo com a tradição.

Foi nessas idas e vindas que caí de amores pela Beija-Flor de Nilópolis. Foi algo inesperado para quem vivia perto da Azul e Branco de Madureira, a Portela, escola da zona norte que esbanja tradição. 

Mas o rio que passou na minha vida tinha asas de um colibri. E mesmo sendo um torcedor da Beija, não me considero um fanático. Costumo dizer que no carnaval tenho uma escola preferida, mas gosto um bocado de tantas outras agremiações, também. Não tem como não gostar.

A noite deste sábado foi uma festa como só nós, brasileiros, sabemos fazer. E muito bem.

Ao trabalho


Fora o deslumbre que trouxe o gostinho de infância, também me coube trabalhar. Sim, como repórter da BRASIL JÁ, fui ao Camarote Favela, onde esteve a publisher da publicação, Gabriela Lopes, junto do marido, o deputado federal pelo Partido dos Trabalhadores Washington Quaquá. 

À direita, publisher da BRASIL JÁ, Gabriela Lopes, e o marido, o deputado federal Washington Quaquá, acompanhados do ministro Celso Sabino e esposa. Crédito: Divulgação

Um dos convidados presentes foi o ministro do Turismo do Brasil, Celso Sabino. Resolvi fazer umas perguntas sobre a repercussão da maior festa do planeta. O chefe da pasta disse que os números preliminares indicavam que o carnaval de 2024 seria o maior da história. 

E considerando o histórico da festa brasileira, o dado não é de forma alguma desprezível. 

"Registramos os melhores números de movimentação de turistas brasileiros e estrangeiros dentro do Brasil. A nossa estimativa está em 49 milhões de foliões pelo país, e uma injeção de mais de 9 bilhões de reais. É o Brasil reconquistando o mercado internacional", afirmou o ministro.

Precisei "puxar a sardinha" para o Rio, de onde sou. Perguntei especificamente sobre carnaval do Rio, e consegui arrancar elogios de Sabino à cidade. Ele admitiu que o Rio é o maior emblema brasileiro por ser, de todo o país, a cidade que mais recebe visitantes estrangeiros.

Em outra volta pelo Favela, conversei com a anfitriã da noite, Gabriela Lopes, que destacou o sucesso do camarote.

“Estou  muito feliz e realizada com esses cinco dias do camarote. Confesso que cansada também, porque é muito trabalho (risos). Essa noite foi ainda mais especial porque realizamos a entrega dos recursos para a ONG Favela, para que eles continuem o trabalho social que é tão importante”, disse a publisher da BRASIL JÁ.

A eterna globeleza Valeria Valenssa com a publisher da BRASIL JÁ, Gabriela Lopes. Crédito: Divulgação

No último dia de desfile, o Camarote Favela também contou com a presença da eterna globeleza Valéria Valenssa. Durante anos, Valenssa entrou nas nossas casas, quase como uma divindade, pela tela da TV, nas vinhetas da Globo. Passado o momento plim plim, o final da festa no sambódromo teve um atraso considerável. 

O desfile da campeã do carnaval Unidos do Viradouro demorou a começar.

Uma avaria num carro alegórico da Imperatriz Leopoldinense, segunda colocada, prejudicou o cronograma. A Unidos do Viradouro acabou precisando alterar a ordem das alegorias e a escola entrou na Avenida pouco depois de 6h, já com céu claro no Rio de Janeiro. 

Finalizado o desfile, por fim os foliões se despediam do carnaval e davam "oi" para o ano que começava. Sempre com a sensação, uma quase certeza, de que no ano seguinte tem mais. 

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