Fumaça toma o céu em cidades de Portugal. Crédito: Carolina Silveira, Arquivo Pessoal

Fumaça toma o céu em cidades de Portugal. Crédito: Carolina Silveira, Arquivo Pessoal

Incêndios em Portugal: as orientações gerais e como se proteger da fumaça

Médicos e especialistas alertam para possível aumento de doenças respiratórias

17/09/2024 às 13:49 | 2 min de leitura
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Assim como no Brasil, os incêndios que atingem Portugal também afetam a qualidade do ar, colocando em risco a saúde da população que já tem sofrido com o ar seco e as altas temperaturas do verão.

Em regiões onde não há acesso a água potável, a fumaça vinda dos territórios em chamas, principalmente as zonas com alto volume de plantações de eucaliptos, eleva o risco de desidratação.

A preocupação de médicos especialistas em relação ao aumento dos quadros de doenças respiratórias se dá por conta das diferentes substâncias tóxicas que são emitidas durante a combustão dessas "florestas". 

Brasil e Portugal sofrem com incêndios que devastam regiões

As orientações básicas da Direção Nacional de Saúde e da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil às populações que estão enfrentando esse tipo de catástrofes ambienta são:

- o aumento na ingestão de água;

- evitar atividades físicas intensas;

- tentar manter-se em um um local seguro com o mínimo de ar fresco;

- buscar atendimento médico em caso de falta de ar, tontura, náuseas, dores fortes na cabeça, peito ou abdômen.

O que fazer?

A DGS também explica que, devido o aumento do risco de infecções respiratórias provocadas pela inalação de fumaça, alguns grupos precisam de atenção especial:

- crianças de até 2 anos;

- idosos com 65 anos ou mais;

- pessoas com doenças metabólicas e cardiovasculares;

- pessoas com doenças imunológicas;

Nesses casos, além da hidratação, é recomendável o uso de máscaras, se possível N95 ou PFF1, 2 ou 3, que são mais eficazes que as cirúrgicas. Se possível, a entidade também reforça a permanência de se manter no interior das casas e com as janelas fechadas o maior tempo possível.

Aqueles que não possuem comorbidades ou estão fora de grupos considerados de risco, precisam evitar exposição ao ar livre e atividades físicas que ultrapassem os 30 minutos. O uso de máscara também é recomendável por especialistas em doenças respiratórias.

Outra opção que pode ajudar a melhorar a qualidade do ar dentro das residências é o uso de ar condicionado ou de umidificador para manter o local mais limpo. O uso de toalhas molhadas também pode ajudar a respirar melhor.

Durante a limpeza, procure utilizar panos úmidos e aspirador de pós ao invés de vassouras.

Orientações gerais

Caso esteja em uma região de incêndio elevado, a DGS e a Proteção Civil recomendam: 

- ter em stock alimentos que não necessitam de refrigeração;

- garantir as portas e janelas de acesso ao exterior isoladas o máximo possível;

-  evitar a utilização de fontes de combustão dentro de casa, tais como, aparelhos a gás ou lenha, tabaco, velas e incenso; 

- definir um plano de evacuação em caso de agravamento da situação e compartilhar as informações com as pessoas que vivem no mesmo local; 

- manter-se informado sobre as notícias locais; 

Um perigo chamado eucalipto

A silvicultura, principalmente a plantação de eucaliptos e pinus, é uma das atividades de mercado que gera grande impacto ambiental, seja no Brasil ou em Portugal. 

Segundo ambientalistas, isso acontece porque essas “florestas artificiais" possuem alta capacidade de absorver água, causando uma escassez hídrica que se reflete na seca de nascentes e na morte de rios.

Além disso, a carbonização desse tipo de madeira é capaz de eliminar elementos químicos altamente tóxicos, como arsênio, cobre e cromo. 

Atualmente, 26,2% da área florestal em Portugal é composta por plantações de Eucaliptos. Isso equivale a 845 mil hectares.

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