O ex-presidente dos Estados Unidos e Nobel da Paz em 2002, Jimmy Carter, morreu neste domingo aos 100 anos. A informação foi confirmada a veículos norte-americanos pelo filho do ex-político.
Carter foi eleito para a Casa Branca em 1976, vencendo o então presidente Gerald Ford por uma margem de votos pequena e numa América ainda marcada pelo escândalo do caso Watergate, que forçou o presidente Richard Nixon a pedir demissão do cargo.
Foi então que Carter assumiu o cargo de 39º presidente dos Estados Unidos para um mandato de quatro anos.
O atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou em declaração divulgada pela Casa Branca que o país e o mundo perderam um líder extraordinário, um estadista e um humanista.
"Por seis décadas, nós tivemos a honra de chamar Jimmy Carter de querido amigo. Mas o extraordinário a respeito de Jimmy Carter, entretanto, é que milhões de pessoas na América e no mundo que nunca o conheceram o consideravam também um querido amigo", afirmou Biden.
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, também expressou condolências a familiares e amigos de Carter, afirmando que o político foi um amante da democracia e defensor da paz.
"No fim dos anos 70, [Carter] pressionou a ditadura brasileira pela libertação de presos políticos. Depois, como ex-presidente, continuou militando pela promoção dos direitos humanos, pela paz e pela erradicação de doenças na África e na América Latina", escreveu Lula.
Lula lembrou que Carter trabalhou junto com o Brasil ao mediar conflitos na Venezuela e na ajuda ao Haiti, além de criar o Centro Carter, que o presidente brasileiro afirmou ser uma uma referência mundial em democracia, direitos humanos e diálogo.
"Será lembrado para sempre como um nome que defendeu que a paz é a mais importante condição para o desenvolvimento. Meus sentimentos aos seus familiares, amigos, correligionários e compatriotas nesse momento de despedida."