
A disputa no campo se tornou ponto nevrálgico do acordo Mercosul-UE. Crédito: Kamuran Feyizoglu, Unicef
O que está por trás dos protestos dos agricultores
Manifestação dos produtores agrícolas é a parte visível das pressões contra o acordo Mercosul-UE, que há duas décadas se tenta tirar do papel
Na Europa, se desenha uma divisão clara entre lideranças que apoiam e os que são contrários ao acordo de livre comércio entre Mercosul —formado por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai— e União Europeia (UE). Na disputa entre os que ganham e os que perdem, entram os agricultores de França, Espanha, Bélgica, Grécia, Alemanha, Itália e Portugal, que marcham (ou param) com tratores pelas estradas de seus países.
Nos últimos dias, o movimento cresceu e se tornou a parte visível de uma disputa que se arrasta há mais de duas décadas e que, ao cabo, está em causa —e em movimentos de ida e volta— o protecionismo tanto na América do Sul como na Europa.
Para tentar acalmar os ânimos, ainda na quarta (31), o governo português anunciou um pacote de 500 milhões de euros para (tentar) mitigar o impacto causado pela seca e reforçar ao Plano Estratégico da Policia Agrícola Comum.