Saulo durante a “Pipoca do Saulo” em Salvador no carnaval 2024. Crédito: Divulgação

Saulo durante a “Pipoca do Saulo” em Salvador no carnaval 2024. Crédito: Divulgação

Saulo espalha sua baianidade por onde passa

Conversamos com o baiano mais querido do carnaval brasileiro

03/09/2024 às 17:25 | 2 min de leitura
Jordan Alves
Jordan Alves
jordan@brasilja.pt

Jornalista da BRASIL JÁ

Saulo Fernandes nasceu em setembro de 1977 na cidade de Barreiras, no interior da Bahia. O cantor e compositor, que arrasta multidões pelo carnaval de Salvador, chega neste mês de agosto à Europa para mais uma turnê. 

Saulinho, como é carinhosamente chamado, fará shows em Barcelona, Genebra, Dublin, Londres, Amsterdã, Lisboa e Porto. 

O “filho da Bahia” começou na música por influência da família materna logo aos 10 anos de idade. Pai orgulhoso de cinco filhos, o artista chega para a turnê europeia cheio de expectativa para reencontrar seus conterrâneos. 

Ele falou com a RotaCult sobre carreira, família e música: 

“Em mim, dois sentimentos são muito presentes. A oportunidade de falar da Bahia e de baianidade em todos os lugares do mundo e matar a saudade dos brasileiros que vivem fora de casa.” 

Seu mais recente álbum “Acho que É Axé” está disponível em todas as plataformas musicais.

BRASIL JÁ - Saulo, o que esperar desse repertório para a sua eurotour?

Saulo: Estou muito feliz e grato de voltar à Europa. O repertório é uma mistura de canções do disco novo “Acho que É Axé”, com canções conhecidas da carreira, canções brasileiras, alguma coisa já mais nova. Vai ser uma viagem maravilhosa mais uma vez.

Como é mostrar a sua arte e sua baianidade fora do Brasil: que sentimento que bate aí? 

Em mim, dois sentimentos são muito presentes. A oportunidade de falar da Bahia e de baianidade em todos os lugares do mundo e matar a saudade dos brasileiros que vivem fora de casa.

Já fui a alguns dos seus shows fora do Brasil. O público é sempre fiel cantando tudo. Você acha que esse saudosismo dos imigrantes faz uma plateia diferenciada nos seus shows?

É isso. A saudade é imensa. Há memória e pertencimento. Tudo isso envolto numa alegria genuína que a música brasileira provoca.

Esse ano, durante sua passagem pelo circuito Campo Grande, na Bahia, você se referiu ao outro circuito do carnaval, o Barra-Ondina, como gourmet. Falta mais diversidade no carnaval baiano?

Eu estava muito feliz e falei demais. Já acho o carnaval da Bahia bem diverso, talvez o mais diverso, e isso é o que o faz ser incrível. Está tudo certo. Não acho mais nada [risos]. 

O que você sente falta no carnaval de Salvador?

Uns mais 20 anos. A história escrita com as pessoas que me acompanham é linda, não mudaria nada. É real. Tem movimento de amor. Eu sentia que está mudando. [Sentia falta] Da rua livre. Todos os artistas tocando de graça para todas as pessoas.

E o que “não precisa mudar", citando sua música?

O progresso. Sempre pensar o mundo para frente e em movimento. A vontade de mudar o que não está bom.

Para você, o que acha que é axé?

Axé é onde tem tambor. Onde tem fundamento. Onde tem respeito. Onde tem alegria genuína.

Nas suas composições, fala-se muito de amor. Você se considera romântico?

Gosto de pensar o amor como uma força sublime que não se limita ao romantismo. Por mim, deveria existir amor, influência de amor. Gosto de amor em todas as ações. Todas as formas de amar são divinas. A coisa mais bonita da vida é o sentimento

Falando em amor, você passará o Dia dos Pais no Brasil na Europa. Como será para você? Aliás, como é o Saulo pai?

Não sei. O Saulo pai é esse mesmo pássaro que voa para trabalhar e volta e só quer cuidar da casa. “Viver é muito, ser feliz é simples e ter paz é tudo”. Ser pai é a melhor parte de toda experiência humana. E a mais difícil também [risos].

Saulo fez shows neste mês de agosto em Barcelona, Genebra, Dublin, Londres, Lisboa, Porto e Amsterdam. Crédito: Jardel Souza



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