Administração de Lisboa avalia proibir marcha xenofóbica, diz jornal

A manifestação xenofóbica de extrema-direita que mira o islamismo, marcada para ocorrer na tarde do próximo dia 3, em Lisboa, pode ser proibida pelas autoridades. 

É o que publicou nesta sexta (26) o jornal Expresso, afirmando que membros da Polícia (PSP) e dirigentes da Câmara Municipal de Lisboa (CML) e do Ministério da Administração Interna (MAI) irão se reunir para discutir o tema na próxima semana. 

Segundo o jornal, as autoridades temem que a marcha possa afetar a segurança da população de Lisboa e avaliam se o protesto extremista pode terminar em violência. Se não for impedida a manifestação, a apuração diz que haverá reforço no policiamento nas ruas do Martim Moniz e da Mouraria, que serão ponto de encontro dos extremistas.

Na quarta (24), a CML aprovou em decisão unânime um voto de repúdio do protesto. "Não tomar uma posição firme em relação a uma manifestação (...) é abrir espaço, normalizar, um discurso que não representa a cidade de tolerância que trabalhamos para ser", afirmou a autarquia. 

O jornal lembra que, em 2020, Lisboa se declarou “cidade antirracista”. Para o poder municipal, o protesto se enquadra em crime de ódio previsto no Código Penal português. A promessa do Executivo é, junto ao MAI e PSP, garantir a legalidade e a proteção das pessoas que vivem e trabalham em Lisboa.