Protesto em Moçambique tem conflito entre manifestantes e a polícia. Crédtio: Lusa, EPA

Protesto em Moçambique tem conflito entre manifestantes e a polícia. Crédtio: Lusa, EPA

Tensão em Moçambique no pós eleições gerais

Protestos contra resultado eleitoral são reprimidos pela polícia com gás lacrimogêneo

21/10/2024 às 13:39 | 2 min de leitura
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Parte da população de Moçambique que foi às ruas protestar contra o resultado das eleições gerais do dia 9 do mês passados está sendo reprimida pela polícia local. As manifestações eclodiram na manhã desta segunda (21), convocadas pelo candidato Venâncio Mondlane. 

Mais cedo, enquando Mondlane discursava, gás lacrimogêneo foi lançado contra o local onde o candidato à Presidência do país estava. Naquele momento, Mondlane pedia calma aos que participavam da marcha convocada por ele. Com a ação das forças de segurança, o candidato precisou se retirar do espaço.

Moçambique vai às ruas

O gás foi lançado durante um encontro do qual participava Mondlane na Organização das Mulheres Moçambicanas, no centro de Maputo, capital do país. Manifestantes no local tentaram isolar o lugar do encontro com um cordão humano, mas o uso do gás fez com que as pessoas dispersassem. 

Um jornalista que acompanhava a coletiva de imprensa de Mondlane foi ferido. Pela manhã, por volta das 10h (hora local), 9h em Lisboa, ocorreu a ação mais incisiva da polícia. Dezenas de pessoas foram agredidas pelos agentes e pedras e rojões foram lançados contra os policiais. 

Manifestação da UE

Um porta-voz da União Europeia (UE) afirmou à Lusa serem “bastante preocupantes” as “notícias de dispersão violenta”. A fonte pediu “contenção máxima” de todas as partes envolvidas no processo eleitoral e o “respeito pelas liberdades fundamentais e direitos políticos”.

“A UE continua a monitorizar os desenvolvimentos em Moçambique, depois dos homicídios chocantes de Elvino Dias e Paulo Guambe”, disse o porta-voz à Lusa, ao pedir para não ser identificado.

Ele se referiu a Elvino Dias, advogado de Venâncio Mondlane, e Paulo Guambe, mandatário do Podemos, partido que apoia o candidato. Ambos foram mortos a tiros, segundo a polícia, numa emboscada.

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Nas eleições gerais de 9 de outubro, além de escolher o presidente do país, também se votou na composição legislativa e assembleias e governadores das provícias.

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) tem 15 dias para anunciar os resultados oficiais, data que se cumpre no próximo 24 de outubro. Depois, o Conselho Constitucional a proclamação dos resultados, 

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