O resultado do desfile das escolas do Grupo Especial do carnaval do Rio de Janeiro só saberemos nesta quarta-feira de cinzas (14), mas para o público que esteve presente na Marquês de Sapucaí, palco da grande festa, Grande Rio, Mangueira e Portela saem na frente da disputa.
Enquanto as agremiações davam conta do espetáculo na Avenida do samba, a diversidade foi a protagonista da noite no espaço Camarote Favela, que recebeu um público eclético e de várias idades.
Gabriela Lopes Siqueira, publisher da BRASIL JÁ, e seu marido, o deputado federal pelo Rio de Janeiro e colunista da revista Washington Quaquá, do Partido dos Trabalhadores (PT), receberam no camarote, além de familiares e amigos, alguns nomes da política portuguesa.
"O carnaval deveria ser mais democrático. Aqui, nesta noite, temos alguns moradores de periferia que ganharam o acesso mais caro do carnaval do Rio. A gente pensa no Camarote Favela como um local plural, amplo, integrativo", diz a anfitriã do espaço Gabriela.
Para Washington Quaquá, o carnaval é da favela e da periferia: "Quem faz o carnaval é o povo e Camarote Favela reverte 10% da sua renda para projetos sociais da favela.ong, custeando cursos e atividades físicas e culturais para comunidades", completou.
Para Diogo Nunes, um dos convidados que viu os desfiles do camarote, a melhor passagem de escola foi a da Mangueira. "Eu sou Vila Isabel, que veio linda, mas a Mangueira falando de Alcione foi certeira", disse.
Portugal presente
Também foram convidados para curtir o carnaval no Favela o deputado municipal de Braga Bruno Gonçalves, do Partido Socialista, e o secretário de Estado do Ambiente português, Hugo Pires. Ambos falaram sobre a festa na Sapucaí e, ainda, comentaram a política portuguesa.
Bruno Gonçalves, que participou pela primeira vez do carnaval no Brasil, disse ter gostado bastante da Unidos da Tijuca. A escola de samba da Zona Norte do Rio levou para a Avenida o enredo O conto de Fados, uma brincadeira com conto de fadas, mas em estilo português.
O político falou também sobre projetos políticos para a eleição que se avizinha. No dia 10 de março, o país irá às urnas para eleger um novo Parlamento. O deputado municipal disse estar confiante de que a sigla que integra terá uma boa representação no pleito.
Hugo Pires é outro fã da Cidade Maravilhosa, e disse que o que mais gostou da festa carnavalesca foi a alegria do povo e a música. "O Brasil é um país em que cruza muitas culturas e isso está muito presente aqui no desfile da Sapucaí".
Sobre política em Portugal, ele contou que o assustaria um cenário em que houvesse um alinhamento da extrema direita em Brasil e em Portugal.
"Brasil e Portugal são países abertos a todas as pessoas e, portanto, eu gostaria que o meu país e o meu país irmão que é o Brasil continuassem a ser países inclusivos e sobretudo lutasse por mais igualdade entre as pessoas", disse.
Festa no Favela
O Camarote Favela contou com estrutura de barbeiros, cabeleireiros e maquiadores para quem quisesse colocar o visual em dia antes de cair na folia. Uma equipe manicures também estava apostos para completar o Time.
A segunda noite teve shows do grupo de pagode Clareou, funk com Os crias e apresentação de Priscila Nocetti com a equipe da Furacão 2000 com muito funk antigo.
Os presentes aproveitaram a dobradinha que é sucesso nas praias cariocas: mate de galão com limão e cachorro quente. O buffet também serviu salgadinhos de entrada. O prato principal tinha opções com e sem carne e para sobremesa sorvete e diversas tortas.
Nesta segunda noite desfilaram: Mocidade, Portela, Vila Isabel, Mangueira, Paraíso do Tuiuti e Viradouro. No domingo as escolas que cruzaram a Avenida foram: Porto da Pedra, Beija-flor, Salgueiro, Grande Rio, Unidos da Tijuca e Imperatriz.
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