Vigília por Odair Moniz, em outubro de 2024. Crédito: António Pedro Santos, Lusa

Vigília por Odair Moniz, em outubro de 2024. Crédito: António Pedro Santos, Lusa

Caso Odair Moniz: policial é acusado pelo MP de homicídio

Advogado que defende o agente da PSP disse que avalia se vai requerer a abertura de instrução

29/01/2025 às 14:41 | 1 min de leitura | Dia a Dia
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O Ministério Público acusou de homicídio o agente da PSP envolvido na morte de Odair Moniz no bairro da Cova da Moura, na Amadora, distrito de Lisboa. A Lusa confirmou a informação nesta quarta (29) com o advogado de defesa do acusado.

Ricardo Serrano Vieira, o advogado, confirmou a acusação e disse que vai consultar o processo e ponderar se vai ou não requerer a abertura de instrução. Trata-se de uma fase facultativa na qual um juiz de instrução criminal pode decidir se o processo segue e de que forma para julgamento.

REPORTAGEM: Às margens de Lisboa

Odair Moniz, cidadão cabo-verdiano de 43 anos e morador no bairro do Zambujal, na Amadora, foi baleado por um agente da PSP na madrugada de 21 de outubro, no bairro da Cova da Moura, que fica no mesmo concelho, distrito de Lisboa.

O homem morreu pouco depois de ser baleado, após ser resgatado para o Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa.

A versão oficial da PSP afirma que o Odair Moniz fugiu de carro de uma abordagem policial e perdeu o controle do veículo na Cova da Moura. Ao ser abordado pelos agentes, diz a polícia, o home resistiu à prisão e tentou agredir os agentes com uma arma branca.

MAIS: Família de Odair Moniz registra queixa contra a PSP por abuso de poder

Movimentos antirracistas, como a plataforma SOS Racismo e o movimento Vida Justa, contestaram a versão policial e exigiram uma investigação “séria e isenta” para apurar responsabilidades dos envolvidos na ação.

Na semana em que Odair foi morto, o Zambujal e mais bairros da Área Metropolitana de Lisboa registraram tumultos, com ônibus e latas de lixo incendiados. Ao fim dos protestos, quase vinte pessoas foram detidas e suspeitos dos atos de vandalismo foram identificados. 

Fora o processo na Justiça, há também apurações disciplinares na Inspeção-Geral da Administração Interna e na PSP.

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