António Guterres é o secretário-geral da ONU Crédito: Divulgação, ONU

António Guterres é o secretário-geral da ONU Crédito: Divulgação, ONU

Conselho de Segurança precisa de reforma, diz secretário-geral da ONU

Segundo António Guterres, a "falta de unidade" minou "talvez fatalmente" a autoridade do órgão

26/02/2024 às 09:44 | 1 min de leitura
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O secretário-geral da ONU considerou hoje que “a falta de unidade” no Conselho de Segurança da organização face à invasão russa da Ucrânia e às operações de Israel em Gaza minou gravemente, “talvez fatalmente”, a sua autoridade. 

Discursando em Genebra nesta segunda (26), na sessão de abertura da 55.ª sessão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, António Guterres voltou a defender que “o Conselho de Segurança necessita de uma reforma profunda da sua composição e dos seus métodos de trabalho”, já que “está frequentemente bloqueado, incapaz de atuar sobre as questões de paz e segurança mais importantes do nosso tempo”.

“A falta de unidade do Conselho em relação à invasão russa da Ucrânia e às operações militares de Israel em Gaza, na sequência dos terríveis ataques terroristas do Hamas em sete de outubro, minou gravemente, talvez fatalmente, a sua autoridade", afirmou.

O Brasil vem defendendo mudanças no Conselho de Segurança como saída para a perda de relevância do órgão responsável, ao menos da teoria, por garantir a paz e segurança mundial.

Último prego no caixão

O secretário-geral da ONU advertiu ainda que a anunciada ofensiva militar em grande escala de Israel em Rafah constituiria “o último prego no caixão” da ajuda humanitária na Faixa de Gaza e voltou a pedir um cessar-fogo humanitário.

“Uma ofensiva israelita total sobre a cidade seria não só aterradora para os mais de um milhão de civis palestinianos que aí se encontram abrigados, como também colocaria o último prego no caixão dos nossos programas de ajuda”, já manifestamente insuficientes, declarou António Guterres.

A advertência do secretário-geral tem lugar um dia depois de o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ter reiterado, no domingo, que o exército israelita vai lançar uma ofensiva em grande escala em Rafah para garantir a "vitória total" sobre o movimento islamita Hamas.

Agência Lusa

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