A escritora Marina Colasanti morreu nesta terça (28), aos 87 anos. O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, lamentou o falecimento da autora afirmando que Colasanti "se consolidou como uma das mais importantes profissionais da literatura nacional contemporânea".
Também segundo a nota da Presidência, Marina "construiu uma obra literária que cativou diferentes gerações de brasileiros de todas as idades".
O Ministério da Cultura emitiu um comunicado manifestando solidariedade à família e amigos de Marina e à toda a comunidade cultural. A nota do ministério afirma que ela "construiu uma trajetória diversificada na literatura brasileira, sendo reconhecida por sua sensibilidade e inovação."
O texto também ressalta a "carreira multifacetada" da autora: "Além de escritora consagrada, Marina atuou como jornalista em veículos como Jornal do Brasil e Editora Abril, sendo referência em crônicas, colunas e textos que abordaram temas essenciais como arte, cidadania, feminismo e amor".
Lembra o comunicado da pasta federal que os livros da escritora, que incluem poesia, contos e literatura infantojuvenil, também foram marcados por sua própria arte como ilustradora, "ampliando o alcance e a beleza de suas narrativas."
Luto na literatura
A morte de Marina também foi lamentada por escritores. “Além de muito talentosa e inteligente, de linda e educadíssima, Marina foi uma pessoa de rara coragem existencial, difícil de se encontrar" declarou a imortal da Academia Brasileira de Letras Ana Maria Machado.
A também imortal Rosiska Darcy disse que Marina foi uma das maiores escritoras da língua portuguesa: "Mas não era só escritora, Marina foi ilustradora dos próprios livros, pintora, senhora das peças e das cores, como era das palavras".
O escritor português Valter Hugo Mãe publicou em suas redes sociais que Marina "ensinou a beleza mais sincera".
"Uma grandeza humana que fazia com que todos em redor tremessem de ternura. tão triste a notícia de sua partida. Tão importante seu trabalho, seu testemunho, sua memória. Muito obrigado, querida Marina. Muito obrigado", escreveu.
Marina Colasanti nasceu na cidade de Asmara, então capital da Eritréia, e emigrou para o Brasil junto com a família na década de 40. Ela tinha 87 anos e escreveu mais de 70 livros, entre contos, crônicas, poesias e obras infanto-juvenis.
Além de escritora e jornalista, atuou como apresentadora de televisão e tradutora. O velório está marcado para ocorrer no salão nobre da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, na Zona Sul do Rio de Janeiro, na manhã desta quarta (30), numa cerimônia restrita a familiares e amigos.
Com informações da Agência Brasil*