Presidente Lula foi condecorado em 2010 pela ONU com o título de 'Campeão Mundial na Luta Contra a Fome' Crédito: Ricardo Stuckert, Presidência da República

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Menos 13 milhões de pessoas passam fome no Brasil

Número reduziu entre 2022 e 2023, de 33 milhões para vinte milhões

12/03/2024 às 20:19 | 2 min de leitura
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Em um ano, treze milhões de pessoas deixaram de viver em estado de insegurança alimentar no Brasil, segundo divulgou nesta terça (12) o Instituto Fome Zero. Em 2022, eram 33 milhões de pessoas. No ano passado, passou a vinte milhões os viviam sem saber quando teriam a próxima refeição ou em quantidade adequada para o dia a dia.

“Saímos de 33 milhões de pessoas no Mapa da Fome em 2022 para 20 milhões em 2023. Embora ainda haja um longo caminho pela frente, o acerto das medidas de aumento do valor do salário mínimo e dos repasses do programa Bolsa Família, bem como a redução da inflação dos alimentos, demonstram que estamos no caminho certo para retirar novamente o Brasil do Mapa da Fome”, afirmou, em comunicado, o diretor-geral do Fome Zero, José Graziano.

O Brasil deixara o mapeamento da fome feito pela Organização das Nações Unidas durante o governo da presidente Dilma Rousseff, em 2014. Em 2022, durante a gestão de Jair Bolsonaro, o país voltou aparecer na estatística da ONU. A fome (insegurança alimentar grave), no entanto, voltara ainda antes do governo de Bolsonaro. Já em 2018, segundo o IBGE (órgão de Estado para estatísticas no Brasil) na administração de Michel Temer, eram dez milhões sem ter o que comer com regularidade.

De acordo com o estudo encomendado pelo governo brasileiro ao Fome Zero, o número de pessoas em estado de insegurança alimentar moderada caiu de 65 milhões para 45 milhões de pessoas, enquanto o de insegurança alimentar grave diminuiu de 33 milhões para vinte milhões de pessoas.

As razões para a melhoria nas estatísticas em 2023 foram o aumento significativo do salário mínimo e a expansão do Bolsa Família, o principal programa de distribuição de subsídios aos mais pobres.

Esta melhoria, segundo o estudo, permitiu que a insegurança alimentar no Brasil regressasse aos níveis do início da década de 2020, antes da crise econômica gerada pela pandemia da Covid-19.

Os programas de combate à pobreza implementados por Lula no seu primeiro mandato (2003-2010) e pela sua sucessora permitiram que a agência da ONU para a Alimentação e a Agricultura (FAO) retirasse o Brasil do chamado Mapa da Fome, quando se estimava que apenas 0,7% da população estava cronicamente subnutrida.

Para voltar a sair desta lista, o Brasil precisa de reduzir o número de pessoas com fome para menos de 5,5 milhões (menos de 2,5% da população) durante três anos seguidos, o que só será possível em 2026 ou 2027 se o ritmo atual de redução se mantiver.

Com Agência Lusa

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