
Elon Musk (à esquerda) e ministro Alexandre de Moraes. Crédito: Reprodução X/Flickr STF
Milícias digitais, Elon Musk e STF; o que há para saber
Bilionário e ministro que preside investigação contra golpistas estão há algum tempo em rota de colisão
Era outubro de 2022 quando o bilionário norte-americano Elon Musk finalizou a operação de compra do Twitter —que depois se tornaria X— por 44 bilhões de dólares. Na ocasião, Musk se autodeclarou um "defensor absoluto da liberdade de expressão", dando uma pista de como, sob seu comando, a empresa passaria a lidar com temas como fakenews e ataques coordenados pelas redes sociais, por exemplo.
Em julho do ano anterior, no Brasil, a Polícia Federal informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) ter aberto uma investigação sobre a atuação de uma milícia digital que visava atentar contra a democracia e o Estado democrático de direito. É um inquérito em vigor até hoje e que, agora, Musk figura como investigado.
Musk se arrastou para a investigação ao publicar, no fim de semana, em seu perfil no X, uma série de ataques à Justiça brasileira. O bilionário disse, entre outras coisas, que não mais obedeceria a ordens de bloqueio de contas na rede social impostas pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.