O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, morreu numa queda de helicóptero, segundo informou a TV estatal do Irã. O acidente aconteceu neste domingo, no norte do país.
As primeiras informações davam conta de que o helicóptero havia caído na província do Azerbaijão Oriental. Em seguida, a televisão estatal informou que operações para localizar os destroços da aeronaves eram realizadas, mas as condições meteorológicas dificultavam o resgate.
A televisão iraniana também afirmou que o acidente aconteceu próximo de Jolfa, uma cidade na fronteira com o Azerbaijão, cerca de seiscentos quilômetros a noroeste da capital iraniana, Teerã.
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A agência iraniana IRNA informou que Raissi e o ministro dos Negócios Estrangeiros do país, Hossein Amir-Abdollahian, e mais passageiros estavam no helicóptero.
"Após o anúncio da queda do helicóptero que transportava o presidente, foram enviadas equipes de salvamento", disse o presidente do Crescente Vermelho, Babak Mahmoud, aos meios de comunicação social iranianos.
Motivo da viagem
Raisi tinha estado no Azerbaijão no início deste domingo para inaugurar uma barragem com o homólogo azeri, Ilham Aliyev, naquela que é a terceira barragem construída pelos dois países no rio Aras.
O Irã possui uma variedade de helicópteros no país, mas as sanções internacionais dificultam a obtenção de peças para os mesmos. A sua frota aérea militar também remonta, em grande parte, ao período anterior à Revolução Islâmica de 1979.
Raisi, de 63 anos, foi dirigente do poder judicial do país e é caracterizado como um protegido e possível sucessor do líder supremo do Irã, o aiatola Ali Khamenei.
Raisi venceu as eleições presidenciais iranianas de 2021, na votação que registrou a taxa de participação mais baixa da história da República Islâmica.
Ele é alvo de sanções dos Estados Unidos por envolvimento na execução em massa de milhares de prisioneiros políticos em 1988, no final da guerra Irã-Iraque.
Sob o comando de Raisi, o Irã tem enriquecido urânio a níveis próximos do grau de armamento e dificulta as inspeções internacionais.
O país forneceu armamento à Rússia na guerra contra a Ucrânia e, há algumas semanas, lançou um ataque maciço com drones e mísseis contra Israel no âmbito da investida militar dos israelenses contra os palestinos na Faixa de Gaza.
O ataque foi uma resposta a bombardeios israelenses que mataram autoridades iranianas na embaixada do país em Damasco, na Síria.
Com informações da Lusa