À esquerda, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, e presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. Crédito: Presidência da República

À esquerda, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, e presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. Crédito: Presidência da República

Presidente Marcelo cobra de Montenegro força-tarefa para regularizar imigração

'Faz-me confusão ter uma situação tão discriminatória quanto esta', afirmou o presidente sobre atraso em regularização de estrangeiros

24/04/2024 às 09:44 | 2 min de leitura
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O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, cobrou ontem que o governo atual crie uma força-tarefa para agilizar a regularização dos imigrantes no país. 

“É imperativo que o novo governo tenha uma task force (força-tarefa), que, contrate-se quem for necessário, para legalizar (regularizar estrangeiros)”, afirmou na noite de terça (23) durante um jantar com jornalistas. 

O evento foi um convite da Presidência aos integrantes da Associação da Imprensa Estrangeira em Portugal. “Faz-me confusão ter uma situação tão discriminatória quanto esta”, acrescentou Marcelo.   

A afirmação foi em resposta a perguntas sobre a situação dos milhares de imigrantes que foram afetados pelo fim do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e sobre a situação dos que optaram por regularizar a imigração via acordo de mobilidde Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), mas agora não têm a opção de renová-lo. 

“Ainda por cima, no caso brasileiro, é fácil. Há um acordo: é fácil aplicar o acordo”, afirmou aos jornalistas. Marcelo também criticou a administração anterior, do Partido Socialista, pelos atrasos na gestão das autorizações de residência.  
  
“Eu acho uma coisa do outro mundo. Foi um dos aspectos negativos da governação anterior”, criticou. Rebelo de Sousa, contudo, defendeu que os problemas não foram por má-fé, nem razões políticas. “Foi inépcia política”, disse. 

Ele acrescentou que está ciente e acompanhando a questão. “Eu sei, como imaginam. Ando na rua todos os dias e o que eu encontro mais é imigrante, nomeadamente imigrante brasileiro. E o grande problema (deles) é esse: a regularização, ter um estatuto”, afirmou.

Apesar da cobrança por agilidade, o presidente reconheceu que o governo atual vai ter dificuldade em fazê-lo. 

“Quem volta a exercer o governo está a começar quase do zero, porque não tem na administração pública ao longo das últimas décadas, uma prática constante do exercício do poder. Significa que quem chega ao governo está a aprender o que é ser governo”, disse.

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