Já anota aí que estamos a exatamente uma semana da estreia de “Tributo a Rita Lee”, uma homenagem à rainha do rock brasileiro estrelada pela primeira vez em Portugal pela atriz Mel Lisboa. O espetáculo ocorre nos dias 21 e 22 de janeiro no Teatro Maria Matos, em Lisboa.
Acompanhada dos músicos André Santos e Márcio Guimarães, Mel Lisboa interpreta sucessos eternizados na voz de Rita Lee, que morreu em 2023. A relação da atriz com a história de Rita Lee, entretanto, começou em 2014, quando ela protagonizou outro show: “Rita Lee Mora ao Lado - O Musical”.
Dez anos depois, Mel voltou aos palcos, ainda no Brasil, num espetáculo inédito, dessa vez inspirado na autobiografia da cantora lançada em 2016.
Após as apresentações na capital portuguesa, “Rita Lee, uma Autobiografia Musical” voa para São Paulo, onde terá uma sessão única no último dia deste mês.
Mel Lisboa, que narrou também o audiolivro e as duas autobiografias da cantora, conversou com a BRASIL JÁ:
O que o público de Lisboa vai conferir nos dias 21 e 22 de janeiro?
Os grandes sucessos da Rita. São dezesseis canções em formato voz e violão. A gente optou pelas baladas. O repertório mais romântico dela. Mas, claro, haverá rock and roll. Não podia deixar de ter.
É a primeira vez do espetáculo no exterior.
Vai ser a primeira vez que vou fazer fora. Estou curiosa para saber o que os portugueses acham. Claro que eu sei que vão ter brasileiros também, mas muitos portugueses. Porque é diferente, não é como a peça. Eu não me caracterizo de Rita, não interpreto a Rita. É a atriz cantando Rita Lee. No Brasil, as pessoas curtem muito o show. Eu quero ir para outros lugares de Portugal, além de Lisboa.
Qual é a sua relação com Portugal?
Eu já passei temporadas morando em Portugal. Tenho nacionalidade portuguesa e o interesse em passar mais tempo, levar os shows, as peças. A comida portuguesa é deliciosa. Eu sou apaixonada pela culinária portuguesa e pelos vinhos portugueses.
Como é cantar Rita Lee?
A questão vocal para mim não é coisa simples. Eu estudo, me dedico pra poder cantar cada vez melhor, mas não é uma coisa exatamente que eu sempre fiz. Não é só cantar. Na peça, por exemplo, eu tenho que aproximar a minha voz falada e cantada da dela, que é diferente da minha.
Existe uma prosódia, uma maneira de falar, um ritmo, cadência diferente da minha. É bastante desafiador, sem falar da parte física, de como ela se movimenta, dos gestos, de como anda. É um pacotão bem complicado.
Rita Lee assistiu o primeiro espetáculo, mas não conseguiu assistir ao segundo, baseado na biografia.
Isso. Ela assistiu ao “Rita Lee Mora ao Lado”, que era diferente do novo “Rita Lee, uma Autobiografia Musical”, que é uma tradução teatral do livro dela. Inclusive, ela escreveu a autobiografia depois de assistir ao “Rita Lee Mora ao Lado”.
Serviu de estímulo para ela escrever a autobiografia quando viu a própria história sendo contada de uma forma mais ou menos ficcional.
Após a morte da Rita Lee, o público ficou saudoso e querendo relembrar e reviver a obra dela. Você percebeu isso?
Eu percebo muito a falta que ela faz. Inclusive, depois teve lançamento de obras póstumas, livros, músicas e clipes. Ela deixou um monte de coisa para ser lançada, apesar de ter se aposentado dos palcos em 2012. Eu sinto que depois do falecimento dela, houve uma saudade muito grande do público.
De vê-la nos palcos. De tê-la presente. De certa forma, o espetáculo ou, no caso o show em que eu faço de tributo, dão um conforto no coração das pessoas que sentem falta. Eu acho que é um pouco isso.
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