Ursula von der Leyen na reta final da campanha na Alemanha (arquivo) Crédito: Anna Szilagyi, Epa, Lusa

Ursula von der Leyen na reta final da campanha na Alemanha (arquivo) Crédito: Anna Szilagyi, Epa, Lusa

Ultradireita avança, mas centro mantém liderança no Parlamento Europeu

O Partido Popular Europeu (EPP, na sigla em inglês), de centro-direita, deverá conquistar 181 cadeiras; centro-esquerda, 135 assentos

09/06/2024 às 20:27 | 2 min de leitura
Publicidade Banner do empreendimento - Maraey

O Parlamento Europeu deverá se manter formado majoritariamente pelo bloco de centro, formado pela centro-direita, centro-esquerda e por liberais. As projeções, no entanto, apontam que os grupos de ultradireita e extrema direita vão ganhar espaço, sem tirar a maioria atual.

O Partido Popular Europeu (EPP, na sigla em inglês), de centro-direita, e maior grupo do Legislativo, deverá conquistar 181 cadeiras, uma cadeira a menos que em 2019.

As projeções foram calculadas com base nos votos de onze países.

O segundo maior vencedor devem ser os sociais-democratas (S&D), de centro-esquerda, que poderão obter 135 assentos, onze vagas a menos que cinco anos atrás.

O EPP e o S&D são as maiores forças de apoio da atual presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que tenta a reeleição.

Em terceiro, ficam os liberais do Renew, que perderam 26 cadeiras em cinco anos e devem ficar com 82 assentos.

Os três são as maiores forças de apoio da atual presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. No total, essa coalizão poderá somar 398 deputados, garantindo maioria relativamente confortável do total de 720 assentos.

No entanto, a hegemonia do centro pode ficar abalada com a ultradireita. As projeções apontam para o crescimento dos Conservadores e Reformistas (ECR), liderados pela primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni.

O grupo deve conquistar 71 vagas, alta de nove em relação a 2019.

Outro representante de peso da ultradireita, o Identidade e Democracia (ID), que inclui o partido da francesa Marine Le Pen, deve ficar com 62 cadeiras.

Semanas antes da votação, o grupo expulsou a sigla alemã de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AdD), o que havia diminuído o tamanho da bancada inicial de 2019 de 73 para 49.

Uma derrota expressiva foi sofrida pelos Verdes, cuja bancada deverá diminuir em cerca de vinte cadeiras.

Desde a última quinta (6) e até este domingo (9), cerca de 373 milhões de europeus estavam aptos a votar nos 27 países que formam a União Europeia.

A definição das 720 cadeiras é proporcional ao tamanho da população de cada país. Alemanha (96), França (81), Itália (76), Espanha (61) e Polônia (53) são os que elegem mais eurodeputados.

Com sede em Estrasburgo, na França, e em Bruxelas, na Bélgica, o Parlamento Europeu é a única instituição do bloco que tem eleição direta.

Junto com os governos dos países-membros, tem como funções a negociação e aprovação de leis que são aplicadas aos cerca de 450 milhões de cidadãos.

Os eurodeputados aprovam o orçamento da UE e o nome do presidente da Comissão Europeia, braço executivo do bloco.

Temas importantes para os próximos cinco anos serão o reforço e uma maior integração na área da defesa, o financiamento da transição verde e o alargamento do bloco.

Após a confirmação dos resultados finais, os grupos políticos se reunirão no Parlamento para a formação das bancadas.

Os encontros estão previstos para ocorrer entre os dias 18 de junho e 3 de julho. Cada grupo deve reunir ao menos 23 integrantes e representantes de ao menos sete países.

A nova legislatura deve ter início no meio de julho, quando o novo presidente da Casa deve ser eleito. O cargo é ocupado hoje pela maltesa Roberta Metsola (EPP).

Embora as negociações informais já estejam em andamento, a primeira reunião oficial do Conselho Europeu, que reúne os governantes dos 27 países, está marcada para 17 de junho, em que serão debatidos candidatos para a presidência da Comissão Europeia e do próprio Conselho.

Caso Von der Leyen seja escolhida pelo Conselho, seu nome deverá ser aprovado em votação secreta pelo Parlamento, prevista para ocorrer até a metade de setembro. 

Com agências

Jornalismo verdadeiramente brasileiro dedicado aos brasileiros mundo afora


Os assinantes e os leitores da BRASIL JÁ são a força que mantém vivo o único veículo brasileiro de jornalismo profissional na Europa, feito por brasileiros para brasileiros e demais falantes de língua portuguesa.


Em tempos de desinformação e crescimento da xenofobia no continente europeu, a BRASIL JÁ se mantém firme, contribuindo para as democracias, o fortalecimento dos direitos humanos e para a promoção da diversidade cultural e de opinião.


Seja você um financiador do nosso trabalho. Assine a BRASIL JÁ.


Ao apoiar a BRASIL JÁ, você contribui para que vozes silenciadas sejam ouvidas, imigrantes tenham acesso pleno à cidadania e diferentes visões de mundo sejam evidenciadas.


Além disso, o assinante da BRASIL JÁ recebe a revista todo mês no conforto de sua casa em Portugal, tem acesso a conteúdos exclusivos no site e convites para eventos, além de outros mimos e presentes.


A entrega da edição impressa é exclusiva para moradas em Portugal, mas o conteúdo digital está disponível em todo o mundo e em língua portuguesa.


Apoie a BRASIL JÁ

Últimas Postagens