Brasileiros movimentam a contratação de crédito em Portugal

Entre estrangeiros, são principalmente brasileiros que moram em Portugal os que contratam empréstimos para diversas finalidades, como compra de casa própria ou reforma de imóveis, crédito pessoal, compra de carro e obtenção de cartão de crédito. É o que mostra estudo publicado nesta quinta (14) pelo Banco de Portugal. 

Os dados gerais do levantamento indicam que as instituições financeiras em Portugal registraram dois milhões de novos contratos de crédito em 2023, com 1,6 milhão de pessoas, representando um volume total de empréstimos que somam 25 bilhões de euros.  

O número de novos contratos foi parecido com o registrado em 2022, mas o volume total de crédito caiu 11%.

O estudo demonstra que o número de estrangeiros que obtiveram crédito e que movimentam esse mercado também cresceu ao longo dos anos: passou de 8,2% em 2021 para 10,6% em 2022 e, em 2023, subiu novamente, para 13,5%. 

Metade dos imigrantes que acessaram os empréstimos no último ano é de nacionalidade brasileira, segundo afirma o Banco de Portugal. 

A instituição detalha que os dados foram obtidos da Central de Responsabilidade de Crédito, e dizem respeito a novos empréstimos concedidos a particulares (pessoas físicas) em Portugal. São excluídas do levantamento a portabilidade de dívidas entre instituições.

Para entender do que estamos falando, uma pessoa que contrata crédito (ou pega empréstimo) é aquela que assume uma dívida e fica responsável pelos pagamentos futuros do contrato.  

A participação brasileira em dados

Entre as primeiras dez nacionalidades de residentes estrangeiros em Portugal que mais contratam crédito para obter a casa própria, os brasileiros lideram. 

Considerado o número de pessoas que assinaram acordos com esse propósito, os brasileiros são 36% do total de imigrantes com empréstimos contratados para a "habitação própria permanente". 

Na categoria crédito de automóvel, os brasileiros —em número de pessoas— representam 77% dos estrangeiros tomadores de empréstimos para essa finalidade. 

Em outro recorte do estudo, mais da metade (54%) dos tomadores de crédito pessoal também são brasileiros.