Gado em Moçambique. Crédito: Ministério da Agricultura de Moçambique

Gado em Moçambique. Crédito: Ministério da Agricultura de Moçambique

Crescimento de 10% na produção de vacinas pecuárias em Moçambique

País passou a produzir, em 2023, 45,5 milhões de doses de imunizantes

07/03/2024 às 10:16 | 2 min de leitura
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A produção nacional de vacinas pecuárias em Moçambique cresceu 10% em 2023, para quase 45,5 milhões de doses, segundo dados divulgados nesta quinta (7) pelo Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural.

No relatório sobre a produção pecuária do ano passado, o ministério lembra que a produção nacional das vacinas rondou, em 2022, as 41,3 milhões de doses. 

Além disso, se acrescenta que no ano passado foram “reportados 436 focos de doenças” de gado, 116 dos quais na província de Gaza, contra 444 em 2022.

“A redução do número de focos é resultado das medidas de controle sanitário que o subsetor tem vindo a implementar com vista a evitar a eclosão e disseminação de doenças.

Também se afirma que para “atingir a defesa sanitária do efetivo animal e o cumprimento das obrigações dos acordos ratificados com organismos internacionais sobre saúde animal e comércio” foi definido o objetivo de garantir “a cobertura mínima vacinal de 80% do efetivo animal” moçambicano.

Os animais foram vacinados especificamente contra carbúnculo hemático, carbúnculo sintomático, dermatose nodular, febre aftosa e raiva, atingindo uma cobertura vacinal média de 79% nos bovinos, ligeiramente abaixo da registada em 2022, que foi de 80%.

A febre aftosa é a doença com “maior impacto negativo na economia”, tendo Moçambique registado 15 focos em 2023 —contra o pico de 25 em 2022—, dos quais 13 na província de Tete e dois em Manica.

“A sua ocorrência pode gerar interdição das transações comerciais do país com outros mercados internacionais, tanto de produtos de origem animal como vegetal, provenientes das zonas afetadas”, aponta-se no relatório, sobre os focos de febre aftosa.

Já na tuberculose bovina, doença endémica e distribuída por todo o país, as autoridades sanitárias contabilizaram 98 focos, contra 149 em 2022 e 56 em 2021.

O relatório diz que, nos últimos dez anos, a doença se alastrou rapidamente, tendo passado de 48 distritos infetados para 87 distritos”, e que a “prevalência tem tendência a aumentar” diante da “fraca política de testagem e compensação” do gado abatido, bem como a fraca adesão dos criadores “apesar da disponibilidade da tuberculina”, para tratamento.

Com a Agência Lusa

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