Na comparação com o pleito anterior, em 2022, as projeções indicam que mais pessoas compareceram às seções neste domingo (10) para votar nas eleições legislativas. É o que indicaram balanços divulgados às 16h e ao meio-dia pelo Ministério da Administração Interna (MAI).
Às 16h, cerca de 51,96% dos mais de 10,8 milhões de eleitores inscritos nas eleições legislativas tinham exercido o direito de voto.
O percentual superava o das últimas legislativas, em 30 de janeiro de 2022, quando a média dos eleitores que compareceram às urnas no mesmo horário ficou em 45,66%.
De acordo com informações da CNN Portugal, a abstenção até as 16h foi a menor desde 2009.
BRASIL: E conhecereis a verdade
Quatro horas antes, ao meio-dia deste domingo, cerca de 25,21% dos 10 819 122 eleitores inscritos nas eleições legislativas já haviam votado. No mesmo horário dois anos antes, o percentual de eleitores nas seções era de 23,27%.
Mesas de voto fecharam às 19h
As mesas de voto para as eleições legislativas abriram hoje às 8h em Portugal Continental e na Madeira e encerraram às 19h.
Nos Açores, as seções abrem e fecham uma hora mais tarde em relação à hora de Lisboa, por conta da diferença de fuso horário.
Segundo a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI), podem votar 10 819 122 eleitores. No total, serão eleitos 230 deputados, em 22 círculos eleitorais —18 em Portugal continental e os restantes nos Açores, na Madeira, na Europa e fora da Europa—, num ato eleitoral que terá um custo a rondar os 24 milhões de euros.
Nestas eleições, o círculo de Setúbal vai eleger mais um deputado, um mandato perdido pelo círculo eleitoral de Viana do Castelo, que perdeu cerca de 2 500 eleitores. Assim, Setúbal ganha um mandato, passando a eleger 19 deputados, enquanto Viana do Castelo perde um mandato, contando agora com cinco.
Concorrem a estas legislativas antecipadas 18 forças políticas, três menos do que nas eleições de 2019 e 2022.
A Nova Direita é o único partido estreante neste ato eleitoral, juntando-se a PS, Aliança Democrática (PSD/CDS/PPM), Chega, IL, BE, CDU (PCP/PEV), PAN, Livre, Nós, Cidadãos!, Alternativa 21 (MPT/Aliança), ADN, PTP, RIR, JPP, Ergue-te, MAS, Volt Portugal e PCTP/MRPP.
Abstenção
Nas legislativas anteriores, em 30 de janeiro de 2022, a taxa de abstenção ficou em 48,54%, quando foi verificada uma redução em relação às legislativas de 2019, nas quais a taxa de abstenção atingiu o número recorde de 51,43%.
O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, apelou no sábado (9) ao voto nas eleições e considerou que é nos tempos difíceis "o que mais importa é votar".
Marcelo apontou a preocupação com "a urgência de acelerar a recuperação da economia", numa altura em que se sentem os efeitos da situação de tensão a nível internacional, lembrando as guerras na Ucrânia e em Gaza, as subidas de preços, os custos dos juros e alguns problemas sociais.
"Em tempos assim, em que as guerras vieram relançar guerras económicas e comerciais que esperávamos ultrapassadas pelo fim da pandemia, é nesses tempos que importa mais votar" disse o presidente.
Eleições antecipadas
A atual legislatura, que terminaria apenas em 2026, foi interrompida na sequência da demissão do primeiro-ministro, António Costa (PS), após ter vir à público que ele era alvo de um inquérito judicial instaurado pelo Ministério Público no Supremo Tribunal de Justiça a partir da Operação Influencer.
Marcelo Rebelo de Sousa aceitou de imediato a demissão do primeiro-ministro e, dois dias depois, anunciou ao país a dissolução do Parlamento e a convocação de eleições legislativas.
Com informações da Lusa