Governo brasileiro desconhecia crise na Gol

O governo brasileiro desconhecia a situação de crise da Gol Linhas Aéreas, que ingressou nos Estados Unidos com um pedido de proteção contra seus credores, um mecanismo parecido com o de uma recuperação judicial no Brasil. A companhia aérea tem uma dívida de 20 bilhões de reais e será beneficiada com o pacote de ajuda federal do Brasil ao setor.

Presente nesta quinta (25) na Feira Internacional de Turismo em Madrid, o ministro do Turismo, Celso Sabino, do União Brasil do Pará, admitiu à BRASIL JÁ que não tinha conhecimento do anúncio da Gol. Ao ser questionado, ele respondeu: "a TAM já saiu da recuperação judicial. A Azul está declarando lucros... A situação da Gol ainda não tomei conhecimento", afirmou.

Pouco antes da conversa,  o jornal Globo adiantara a crise por que passa a companhia. Segundo uma fonte bem posicionada no governo brasileiro, não apenas Sabino, que estava em Madrid para a Fitur, como outros ministros, incluindo o de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, do Republicanos de Pernambuco, foram pegos de surpresa.

Filho anunciara um dia antes o pacote de ajuda no valor de 6 bilhões de reais. O projeto será idealizado com a contribuição do Banco de Desenvolvimento Econômico e Social.

BRASIL JÁ apurou que o presidente da companhia aérea, Celso Ferrer, procurou integrantes do governo brasileiro para conversas informais prometendo que o pacote de ajuda vai permitir que a empresa a encerre a recuperação judicial mais rapidamente, evitando eventual risco de contaminação ao setor.

Preço da passagem para Portugal

À edição impressa da BRASIL JÁ, o ministro afirmou que existe uma negociação com a companhia aérea TAP no sentido de baratear as passagens aéreas de Portugal para o Brasil. Nesta quinta, Sabino adiantou que as conversas com a empresa buscam também aumentar a frequência de voos. 

"A gente está conversando com a TAP. Já temos algum sucesso no sentido de ampliar o número de frequência dos voos da TAP para as cidades brasileiras. Nós entendemos que, quanto maior for a oferta, menores serão os custos", afirmou.