O presidente norte-americano, Joe Biden, anunciou neste domingo (21) que abandona a corrida às eleições presidenciais de novembro.
Em mensagem publicada no X (antigo Twitter), Biden afirmou que acredita ser melhor para o partido Democrata e para o país que ele deixe a corrida eleitoral e foque nas atribuições como presidente no restante do mandato.
"Embora tenha sido minha intenção buscar a reeleição, eu acredito que para o meu partido e para o país é melhor que eu decline [de concorrer à Presidência] e foque em meus deveres como presidente no tempo remanescente do meu mandato", afirmou Biden.
Num segundo comunicado, Biden publicou um texto e uma foto com a vice-presidente, Kamala Harris, e defendeu o nome de Harris como sua sucessora na candidatura democrata.
"Minha primeira decisão como nomeado pelo partido em 2020 foi escolher Kamala Harris como minha vice-presidente. E tem sido a melhor decisão que tomei. Hoje, eu quero oferecer meu total suporte para que Kamala seja a nomeada pelo nosso partido este ano. Democratas, é o momento de nos unirmos para derrotar Trump. Vamos fazer isso", afirmou o presidente.
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Saúde em xeque
O anúncio de Biden vem após semanas de ataques e questionamentos à sua saúde —mental e física. Episódios em que o presidente comete gafes, como chamar o presidente ucraniano, Volodymir Zelensky, de Vladimir Putin, o presidente russo, minaram a campanha democrata pela Casa Branca.
Houve também momentos em que o presidente, de 81 anos, protagonizou quedas ao embarcar ou desembarcar do avião presidencial. As críticas, muitas delas vindas do lado republicano, encabeçado por Donald Trump, eram rebatidas por apoiadores de Biden, que acusavam os adversários de etarismo.
De qualquer modo, no próprio partido Democrata se disseminou a necessidade de encontrar outro candidato ou candidata. Nomes importantes na sigla defenderam a saída do presidente da corrida eleitoral, o que de fato acabou ocorrendo neste domingo. A eleição no país será em 5 de novembro.
O passo seguinte dos democratas
Segundo a BBC, os democratas agora precisam escolher um novo nome para disputar contra Trump. Estava previsto chancelar o nome de Biden por aclamação do partido no próximo dia 1º de agosto, encontro que agora deverá ser cancelado.
A convenção do partido será em Chicago, entre 19 e 22 de agosto. Nas primárias do partido, Biden venceu com facilidade, o que significa que os delegados de cada estado tinham se comprometido a votar nele no encontro.
Agora, os deputados serão liberados para votar em outros concorrentes.