Eleitores celebram vitória de aliança de esquerda na França. Crédito: LucAuffret, reprodução X

Eleitores celebram vitória de aliança de esquerda na França. Crédito: LucAuffret, reprodução X

Lula celebra o resultado das eleições na França: 'Feliz com a demonstração de grandeza'

Presidente brasileiro disse ser importante o diálogo entre os segmentos progressistas em defesa da democracia e da justiça social

08/07/2024 às 00:25 | 2 min de leitura
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O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, celebrou a reviravolta nas eleições francesas. A candidata da extrema direita Marine Le Pen, que depois do primeiro turno estava confiante na vitória, virou terceira força no Parlamento e foi derrotada pela aliança de partidos esquerda: a Nova Frente Popular. 

Lula afirmou ter ficado feliz com "a demonstração de grandeza e maturidade das forças políticas da França". 

"Muito feliz com a demonstração de grandeza e maturidade das forças políticas da França, que se uniram contra o extremismo nas eleições legislativas de hoje. Esse resultado, assim como a vitória do partido trabalhista no Reino Unido, reforça a importância do diálogo entre os segmentos progressistas em defesa da democracia e da justiça social. Devem servir de inspiração para a América do Sul", afirmou o presidente. 

 

Comentário sobre o resultado também deste lado do Atlântico, com o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Souza, afirmando que "o que o povo decide está bem decidido". 

Mais cauteloso, Marcelo afirmou que esperará os resultados finais para dizer o que pensa sobre o pleito. 

"Vamos esperar os resultados finais e, depois, amanhã [esta segunda (8)] ou depois de amanhã, eu falarei", afirmou. 

França: projeções indicam vitória de aliança à esquerda sobre a extrema direita

Na primeira sondagem das urnas, após o encerramento da votação, indicou que a aliança à esquerda venceu as eleições legislativas, derrotando a extrema direita Le Pen. 

A estimativa era de que a Nova Frente Popular somasse entre 172 e 215 deputados, enquanto o bloco do atual presidente, Emmanuel Macron, conquistasse entre 150 ou 180 cadeiras, ficando à frente do partido de Le Pen, o União Nacional, com 115 ou 155 lugares na Assembleia.  

Depois da vitória, o líder do partido A França Insubmissa —um dos quatro partidos que formam a aliança de esquerda—, Jean-Luc Mélenchon, afirmou que Macron tinha o dever de convocar a Nova Frente Popular a formar governo. 

A Presidência, entretanto, informou que Macron não fará comentários ou tomará decisões até que haja a estruturação da nova Assembleia, e aí sim tomará as medidas necessárias.

Le Pen e a confiança no primeiro turno

No primeiro turno, em 30 de junho, a União Nacional (RN, a sigla em francês), de Marine Le Pen, conseguiu vencer pela primeira vez as eleições legislativas, ao obter 33,1% dos votos e quase duplicar o seu apoio desde que a França elegeu a sua Assembleia Nacional pela última vez, em 2022.

Seguiu-se a aliança de esquerda Nova Frente Popular, que junta socialistas, ecologistas e comunistas e é liderada pela França Insubmissa —LFI, partido de esquerda radical de Jean-Luc Mélenchon—, com 28%.

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Já o Ensemble (Juntos), grupo centrista e liberal encabeçado pelo Renascimento, partido do presidente Emmanuel Macron, obteve 20%.

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