Alunos na sala de aula na Escola EB 2,3 de Taveiro, em Coimbra, 12 de maio de 2016. Crédito: Paulo Novais, Lusa

Alunos na sala de aula na Escola EB 2,3 de Taveiro, em Coimbra, 12 de maio de 2016. Crédito: Paulo Novais, Lusa

Metade dos estudantes estrangeiros no básico e secundário são brasileiros

Dados constam no relatório Estado da Educação, do Conselho Nacional da Educação

27/02/2024 às 10:33 | 2 min de leitura
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O número de alunos estrangeiros que frequentam escolas portuguesas tem aumentado nos últimos anos. Entre 2021 e 2022, eram mais de cem mil, e isso equivale a aproximadamente 10% do total de estudantes.

Os dados constam do relatório "Estado da Educação 2022", divulgado nesta terça (27) pelo Conselho Nacional da Educação (CNE), que faz um retrato do ensino em Portugal.

Em 2021/2022, estavam matriculados 1,2 milhões de alunos no ensino básico e secundário. 

Na parte continental do país, as escolas eram frequentadas por 105 855 crianças e jovens de nacionalidade estrangeira, oriundos de mais de 200 países.

Com um aumento de quase catorze mil estudantes em relação ao ano letivo anterior, os 79 796 estrangeiros —entre o 1º e 3º ciclo— representavam 9,3% do universo total de alunos, e perto de metade pertenciam à comunidade brasileira (44,6%).

Entre as outras nacionalidades mais representadas no ensino básico, também há a angolana, com 6 613 alunos, e a ucraniana, 5 019, que segundo os dados mais do que duplicou num ano, em resultado da guerra na Ucrânia.

Ensino no secundário

Oriundos de 246 países, havia 26 059 alunos estrangeiros no ensino secundário, mais 3 502 do que no ano anterior e o equivalente a 7,9%. 

Como no ensino básico, a maior comunidade era a brasileira (40,3%), seguida pela angolana (10%) e santomense (8%).

A proporção de alunos ucranianos é bastante inferior, representando apenas 3,5% (924 no total). A Área Metropolitana de Lisboa concentra quase metade dos estudantes de nacionalidade estrangeira e, no sentido oposto, Alentejo é onde há menos, apenas 5%.

Matrículas em português

Mesmo com a tendência crescente registrada nos últimos anos, o relatório indica que “em todos os níveis e ciclos de ensino, é baixa a proporção de alunos estrangeiros com acesso” à disciplina de Português Língua Não Materna.

O CNE contabiliza, no entanto, os alunos oriundos de países oriundos de língua oficial portuguesa, como o Brasil. Nesse caso, por exemplo, 31 dos 46 103 alunos brasileiros frequentavam a disciplina.

Entre as diversas nacionalidades, a indiana foi a mais representada nas aulas de Português Língua Não Materna no ensino básico (9,6%), seguida da guineense (9,2%) e da ucraniana (8,6%).

No ensino secundário, os alunos oriundos do Nepal representavam 11,9%da totalidade de estrangeiros a frequentar a disciplina, seguidos dos alunos da Índia e da Guiné-Bissau com 7,9% e 7,8%, respectivamente.

Com a Agência Lusa

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