Sede da Polícia Federal. Crédito: Marcelo Camargo, Agência Brasil

Sede da Polícia Federal. Crédito: Marcelo Camargo, Agência Brasil

Militares são presos suspeitos de planejar matar Lula e Alckmin antes da posse

Detidos por tramar golpe de Estado tinham formação em forças especiais

19/11/2024 às 13:02 | 2 min de leitura | Brasil
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Policiais federais saíram às ruas no Brasil, nesta terça (19), para desarticular uma organização criminosa que planejou um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva após as eleições de 2022. O plano incluía o assassinato de Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin.

"Foi identificada a existência de um detalhado planejamento operacional, chamado “Punhal Verde e Amarelo”, que seria executado no dia 15 de dezembro de 2022, voltado ao homicídio dos candidatos à Presidência e vice-Presidência da República eleitos", informou a Polícia Federal.

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Os criminosos, afirma a corporação, também planejavam restringir o livre exercício do Poder Judiciário. 

"Ainda estavam nos planos a prisão e a execução de um ministro do Supremo Tribunal Federal, que vinha sendo monitorado continuamente, caso o golpe de Estado fosse consumado", acrescentou a PF.

Em fevereiro, durante outra operação, os policiais federais já tinham identificado um grupo que atuou na tentativa de golpe de Estado e que monitorava o ministro Alexandre de Moraes.

De acordo com a PF, "o planejamento elaborado pelos investigados detalhava os recursos humanos e bélicos necessários para o desencadeamento das ações, com uso de técnicas operacionais militares avançadas, além de posterior instituição de um ‘gabinete institucional de gestão de crise’, a ser integrado pelos próprios investigados para o gerenciamento de conflitos institucionais originados em decorrência das ações".

Pela manhã (hora Brasil), a operação Contragolpe cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, e cumpre ainda três mandados de busca e apreensão e quinze medidas cautelares, que incluem: 

- a proibição de manter contato com demais investigados; 

- a proibição de se ausentar do país, com entrega de passaportes no prazo de 24 (vinte e quatro) horas; 

- e a suspensão do exercício de funções públicas.

O Exército Brasileiro acompanhou o cumprimento dos mandados nos estados do Rio de Janeiro, de Goiás e do Amazonas, além do Distrito Federal.

"As investigações apontam que a organização criminosa se utilizou de elevado nível de conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas nos meses de novembro e dezembro de 2022. Os investigados são, em sua maioria, militares com formação em forças especiais", informou a PF.

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Os fatos investigados, segundo a corporação, configuram crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

Com informações da Agência Brasil

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