Alexei Navalny. Crédito: X Ivan Zhdanov, reprodução

Alexei Navalny. Crédito: X Ivan Zhdanov, reprodução

Morte de Navalny: UE exige investigação internacional e independente

Chefe da diplomacia europeia disse que a comunidade está 'indignada'

19/02/2024 às 17:34 | 2 min de leitura
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A União Europeia (UE) exigiu que a Rússia permita uma investigação internacional independente às circunstâncias da “morte súbita” de Alexei Navalny, líder da oposição russa, anunciada na sexta (16).

“A Rússia deve permitir uma investigação internacional independente e transparente sobre as circunstâncias desta morte súbita. A UE, em estreita coordenação com os parceiros, não poupará esforços para responsabilizar a liderança política e as autoridades russas, e para impor consequências pelos seus atos”, disse o alto representante para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Josep Borrell, nesta segunda (19).

O chefe da diplomacia europeia disse que a UE “está indignada com a morte do político da oposição russa Alexei Navalny, cuja responsabilidade recai, em última instância, sobre o presidente [da Rússia] Vladimir Putin e as autoridades russas”.

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“Alexei Navalny teve a coragem de regressar à Rússia após uma tentativa de assassinato com recurso ao agente neurotóxico 'Novichok', que está proibido pela Convenção sobre as Armas Químicas e da qual a Federação da Rússia é um Estado-parte”, acrescentou Borrell.~

Navalny cumpria pena no Ártico

O opositor ao regime de Putin estava “a cumprir várias penas com motivações políticas numa colônia penal na Sibéria com condições rigorosas” e a UE considerou que foi transferido para este estabelecimento prisional para ficar isolado do resto do mundo.

“O acesso a Alexei Navalny por parte da família estava restringido. Os seus advogados têm sido assediados e três deles encontram-se em prisão preventiva desde outubro de 2023”, referiu.

Para a comunidade europeia, a “morte inesperada e chocante de Alexei Navalny é mais um sinal da intensificação da repressão sistemática na Rússia”.

Borrell apelou à libertação “imediata e incondicional” de todos os “presos políticos, incluindo Yuri Dmitriev, Vladimir Kara-Murza, Ilya Yashin, Alexei Gorinov, Lilia Chanysheva, Ksenia Fadeeva, Alexandra Skochilenko e Ivan Safronov”.

Alexei Navalny, um dos principais opositores de Vladimir Putin, morreu em 16 de fevereiro, aos 47 anos, numa prisão do Ártico, onde cumpria uma pena de 19 anos.

Os serviços penitenciários da Rússia informaram que Navalny se sentiu mal depois de uma caminhada e perdeu a consciência.

Destacados dirigentes ocidentais, a família e apoiantes do opositor responsabilizam o presidente russo, Vladimir Putin, pela sua morte.

Com a Agência Lusa

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