Maracanã lotado com torcedores do Flamengo Crédito: Paula Reis, Flamengo

Maracanã lotado com torcedores do Flamengo Crédito: Paula Reis, Flamengo

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O (mau) negócio do Flamengo

Maior time do Brasil se envolveu em transações que lhe renderam calotes de 20 milhões de reais e quase comprou um time cheio de problemas. Antiga gestão está sendo investigada

12/02/2025 às 12:09 | 2 min de leitura | Edição Impressa
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Ao longo de 2021, a sede do Flamengo, na Gávea, no Rio de Janeiro, foi palco de encontros sigilosos entre o então presidente do clube, Rodolfo Landim, executivos do Banco BTG Pactual —um dos maiores gestores de fundos de investimentos do Brasil, com uma carteira que supera 1 trilhão de reais (cerca de 160 bilhões de euros)— e representantes da Win The Game, empresa da qual o próprio BTG Pactual detinha 50% das ações.

RUBRO-NEGRO: Português assume papel central na nova gestão flamenguista

Em discussão, o projeto de internacionalização da marca Flamengo e a transformação do clube em uma sociedade anônima do futebol, chamada de SAF, modelo jurídico criado no Brasil para modernizar e profissionalizar a gestão das agremiações esportivas. 

Ao final das reuniões, muitos sorrisos e apertos de mão. Dessas conversas, decidiu-se desenvolver um plano que previa transformar o futebol rubro-negro em uma empresa separada, com o objetivo de atrair investimentos.

Ex-presidente do Flamengo Rodolfo Landim terá sua administração investigada pela nova gestão Crédito: Divulgação

Foi nesse contexto que, no ano passado, surgiu — e logo desapareceu — nos jornais portugueses a notícia de que o Flamengo teria fechado a compra do Leixões, clube endividado, em recuperação judicial e na segunda divisão de Portugal.

Os jornalistas Fernando Thompson e Nicolás Satriano dedicaram seis meses de apuração para contar os bastidores de um projeto malsucedido de internacionalização do maior time brasileiro. 

Os envolvidos na ideia, que, naquele momento, ainda era sigilosa e não dizia respeito ao Leixões, fizeram viagens aos Estados Unidos e a Portugal.

O plano inicial previa a entrada no mercado norte-americano, mas as restrições impostas pela legislação local tornaram o investimento inviável. 

Landim chegou a conversar com clubes no país, mas, segundo relatou à BRASIL JÁ, a compra de uma equipe nos Estados Unidos envolve a aquisição de uma franquia dentro de ligas fechadas, como a Major League Soccer, com critérios rigorosos de entrada e operação.

Assim, os Estados Unidos foram descartados, e Portugal passou a ser visto como opção mais viável. Aqui, os clubes podem operar como associações sem fins lucrativos ou como sociedades anônimas desportivas, SADs, modelo semelhante às SAFs brasileiras, criadas para atrair investidores privados e aumentar a profissionalização do futebol. 

Pela legislação portuguesa, os clubes devem manter, no mínimo, 5% das ações dessas sociedades.

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