A poetisa mineira e, claro, brasileira, Adélia Prado, venceu a 36ª edição do Prêmio Camões, a honraria máxima da literatura em língua portuguesa. O anúncio foi feito na tarde desta quarta (26) pelo Ministério da Cultura.
Em 36 edições, a nossa poetisa é a 15ª autora do Brasil a receber a premiação, a terceira mulher. Relembre, abaixo, os outros brasileiros que receberam o mais prestigioso prêmio da literatura em português.
Brasileiros que venceram o Camões, por ordem cronológica:
João Cabral de Mello Neto;
Rachel de Queiroz;
Jorge Amado;
Antônio Cândido;
Autran Dourado;
Rubem Fonseca;
Lygia Fagundes Telles;
João Ubaldo Ribeiro;
Ferreira Gullar;
Dalton Trevisan;
Alberto da Costa e Silva;
Radouan Nassar;
Chico Buarque;
Silviano Santiago;
Adélia Prado.
Presidente Marcelo felicita escritora
O presidente da República portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, felicitou nesta quarta (26) a poetisa brasileira Adélia Prado pelo recebimento Prêmio Camões, a honraria máxima da literatura em língua portuguesa.
Em nota, o chefe de Estado português lembrou que Prado “soube unir, de modo pessoal e inconfundível, a mundividência cristã, a condição de mulher e o coloquialismo quotidiano, sempre com uma graça e um lirismo cativantes”.
Adélia através do tempo
Adélia Prado, nascida em Minas Gerais em 1935, "é autora de uma obra muito original, que se estende ao longo de décadas, com destaque para a produção poética", afirmou o júri que conferiu à brasileira o Prêmio Camões, por maioria.
A escritora, que completa 89 anos em dezembro, foi professora e ganhou notoriedade em 1976, já com 40 anos, com o livro de poesia “Bagagem”, apadrinhada por Carlos Drummond de Andrade.
Esta é a 36ª edição do Prêmio Camões, instituído por Portugal e pelo Brasil em 1988 e que é considerado o prêmio de maior prestígio da língua portuguesa.
A intenção do prêmio é homenagear um autor ou autora "que, pela sua obra, tenha contribuído para o engrandecimento e projeção da literatura em português", consta em protocolo da honraria.
O júri desta edição do Prêmio Camões foi constituído pelos professores universitários Clara Rocha (Portugal), Isabel Cristina Mateus (Portugal), Francisco Noa (Moçambique), Cleber Ribas de Almeida (Brasil), Deonísio da Silva (Brasil) e Dionísio Bahule (Moçambique).
O Prêmio Camões, que em 2023 foi dado ao escritor e tradutor português João Barrento, tem o valor monetário de 100 mil euros.