Secretário-geral de Defesa Nacional francês, Stephane Bouillon (Arquivo). Crédito EPA, Yoan Valat, Lusa

Secretário-geral de Defesa Nacional francês, Stephane Bouillon (Arquivo). Crédito EPA, Yoan Valat, Lusa

Eleições europeias serão alvo de manipulação estrangeira, diz secretário de Defesa francês

Riscos de ciberataques e manipulação de informação serão abordados em reunião com partidos

07/03/2024 às 14:29 | 2 min de leitura
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O secretário-geral de Defesa e Segurança Nacional da França, Stéphane Bouillon, afirmou nesta quinta (7) que as eleições europeias do início de junho serão "um desafio e um alvo considerável" para a manipulação estrangeira.

"Além dos Jogos Olímpicos [de Paris, durante o verão], somos muito sensíveis ao que atualmente se passa na Ucrânia, e as eleições europeias vão ser um desafio e um alvo considerável para alguns dos nossos concorrentes estrangeiros", declarou Bouillon.

A fala se deu durante a comissão de Defesa da Assembleia Nacional, no Parlamento francês. O secretário-geral não nomeou nenhum país específico ao mencionar a ameaça.

AMEAÇA: Eleições portuguesas sofrem tentativa de interferência externa

O órgão que Bouillon representa, que é subordinado ao primeiro-ministro francês, faz em 29 de março, com todos os partidos políticos franceses candidatos às eleições europeias, uma reunião "de sensibilização para as chamadas ameaças híbridas". 

A ideia é abordar os riscos de "ciberataques, manipulação de informação e ingerência estrangeira".

Ameaças híbridas

Quanto aos Jogos Olímpicos de Paris, o responsável explicou que foi levada a cabo uma série de exercícios de simulação de “ciberataques e ataques aos transportes”, bem como reuniões sobre as precauções que serão tomadas para a segurança nas telecomunicações.

Nas últimas semanas, Paris denunciou abertamente várias "tentativas de destabilização" supostamente realizadas por Moscou com o objetivo de minar o apoio da opinião pública à causa ucraniana.

As ameaças híbridas são “aquelas que não conseguimos atribuir, que não identificamos à primeira vista, quer sejam ataques cibernéticos, desinformação ou ataques à nossa segurança económica”, segundo o secretário-geral.

"Essas ameaças estão a aumentar e podem mesmo fazer-nos perder a guerra antes de o nosso adversário ter sequer sacado de uma arma, é o velho princípio de Sun Tzu (autor de “A Arte da Guerra”), mas é muito mais rápido e muito mais eficaz para nos fazer perder uma guerra e afundar", concluiu.

Com a Agência Lusa

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