![Fila de imigrantes na porta de loja da Aima em Lisboa. Crédito: Déborah Lima, BRASIL JÁ](https://brasilja.pt/storage/652/01J1F8C3RWHPEG9BVK2KMQ76KB.jpg)
Fila de imigrantes na porta de loja da Aima em Lisboa. Crédito: Déborah Lima, BRASIL JÁ
Governo avalia solução para imigrantes que caíram em limbo sem manifestação de interesse
Segundo publicou o jornal Expresso, medida contemplararia estrangeiros que na data da extinção das manifestações já trabalhavam
O Ministério da Presidência está avaliando uma saída para os imigrantes com trabalho que, sem manifestação de interesse, ficaram sem alternativa de se regularizar. Segundo publicou o jornal Expresso nesta sexta (28), a medida contemplaria os estrangeiros que, em 3 junho, se encontravam nessa situação.
A data de corte coincide com o dia em que foi apresentado pelo governo o Plano de Ações para as Migrações, que acabou com as manifestações de interesse.
O jornal afirma que o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, pretende encontrar uma solução para os imigrantes que, mesmo trabalhando, ficaram sem saber como podem conseguir a autorização de residência no país.
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Como é possível se regularizar sem manifestação de interesse?
A possibilidade aventada pelo ministério é de conseguir resolver a questão num contexto de negociação parlamentar, isto é, na Assembleia da República.
A saída foi comunicada por Leitão Amaro em reunião de quase quatro horas com deputados, em que o ministro disse que o os cidadãos poderão ser "acomodados" pelo regime transitório previsto no plano de migrações. O governante demonstrou vontade de discutir no Parlamento que exceções se encaixariam na proposta.
De acordo com a publicação, levar o tema à Assembleia não depende só da vontade do ministro. Isso porque o PS entregou, esta semana, um pedido para que o decreto revogando as manifestações de interesse seja apreciado.
Entretanto, o debate ficará para depois do verão. Afirma o Expresso que, até lá, os socialistas vão desenhar um projeto para alterar a medida.
Regime transitório
A ideia do PS de criar um regime transitório contempla quem até 3 de junho já trabalhava e descontava para a Segurança Social. O partido também quer estabelecer uma solução para o futuro, para as situações em que há atividade laboral e descontos.
Uma má notícia é que imigrantes que entraram em Portugal de forma irregular, sem contrato de trabalho depois de 3 de junho, ficam de fora da proposta.