A Suécia agora faz parte oficialmente da Organização do Tratato do Atlântico Norte (OTAN). O país é 32º membro da organização, depois de cumprir todas as formalidades para ser integrada à ordem militar. A conclusão do processo se deu com com a Hungria dizendo ser favóravel à entrada do país no grupo.
O embaixador da Hungria nos Estados Unidos entregou ao Departamento de Estado norte-americano os documentos oficiais de ratificação da adesão da Suécia, recentemente aprovada pelo parlamento húngaro, o que permitiu ao governo sueco apresentar ao chefe da diplomacia dos Estados Unidos o pedido final de acesso.
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"Hoje, dei instruções ao embaixador da nossa pátria em Washington para entregar o documento de ratificação, tendo a Hungria cumprido todas as suas tarefas para a adesão da Suécia à OTAN", anunciou o ministro dos Negócios Estrangeiros húngaro, Péter Szijjártó.
O primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, e o ministro dos Negócios Estrangeiros sueco, Tobias Billström, foram a Washington na quarta (6) para entregar o protocolo de adesão à aliança junto ao Departamento de Estado.
Segundo o órgao confirmou, após o passo da Hungria, e seguindo o protocolo do país candidato, a Suécia, "as condições para a entrada em vigor" da adesão estavam "preenchidas".
Depois de os membros da OTAN ratificarem os protocolos de adesão, os documentos devem ser enviados para os Estados Unidos, onde são entregues no Departamento de Estado. O país candidato só se torna membro quando Washington tiver os documentos de todos os aliados.
Após esta etapa, que integra formalmente a Suécia como 32º aliado, a cerimônia de hastear da bandeira sueca, a forma tradicional como os aliados acolhem os novos membros, está prevista para segunda próxima, na sede da OTAN em Bruxelas, Bélgica.
Finlândia também entrou na organização
A Suécia soma-se aos seus vizinhos finlandeses, que entraram na aliança em abril do ano passado, depois de ambos terem apresentado os seus pedidos de adesão em maio de 2022, poucos meses após a invasão da Ucrânia pela Rússia.
Ao fazê-lo, os dois países abandonaram a neutralidade militar de longa data, que era uma marca da política externa dos Estados nórdicos ao longo dos últimos dois séculos. O movimento é interpretado como uma resposta direta à ameaça que Moscou, depois do ataque à Ucrânia.
A entrada da Suécia agora, quase dois anos depois do pedido, é o fim do que deveria haver sido um processo "expresso", mas que acabou por demorar 22 meses por conta de divergências da Turquia e da Hungria à adesão do país nórdico.
Budapeste foi o último membro da Aliança Atlântica a ratificar a adesão sueca, após ter bloqueado durante meses devido às posições do país críticas em relação à deriva antidemocrática do país da Europa Central, que Budapeste descreve como "injusta".
O parlamento húngaro aprovou a ratificação da adesão a 26 de fevereiro.
Com a Agência Lusa