Lúcia Murat, cineasta brasileira que foi presa e torturada durante a ditadura. Crédito: Michelangelo Princiotta/Agenda Brasil

Lúcia Murat, cineasta brasileira que foi presa e torturada durante a ditadura. Crédito: Michelangelo Princiotta/Agenda Brasil

Lúcia Murat: o legado no cinema e a militância durante a ditadura militar

A convite, cineasta brasileira esteve em Milão para apresentar seu mais novo filme "O Mensageiro"

07/01/2025 às 16:49 | 1 min de leitura | Edição Impressa
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Em tempos de êxtase com o cinema nacional do Brasil, a BRASIL JÁ conversou com a cineasta Lúcia Murat, que foi presa e torturada durante a ditadura militar no país (1964-1985). 

Os tempo de chumbo, aliás, é também tema central de "Ainda Estou Aqui", filme estrelado por Fernanda Torres que, no último domingo (5), conquistou o Globo de Ouro pela atuação no longa-metragem de Walter Salles. 

Aos 76 anos, Lúcia Murat conversou com  jornalista Graziele Frederico durante ida a Milão, Itália, ao ser convidada para participar de um festival de cinema brasileiro. 

A cineasta apresentou durante a visita o seu novo filme "O Mensageiro", que trata da relação entre uma presa política e um soldado que aceita levar uma mensagem à família dela. 

Carioca, Lúcia Murat entrou na universidade para cursar economia em 1967 e ainda no início se envolveu com o movimento estudantil. Depois do Ato Institucional número 5, o que desmascara a ditadura no Brasil, ela foi para a clandestinidade. 

Quatro anos depois, em 1971, Murat foi presa e torturada. Após três anos de prisão, quando retomou sua vida, foi trabalhar como jornalista e, em seguida, ingressou no cinema.

Sobre sua vida e luta pela redemocratização, expondo as entranhas do regime militar, a cineasta abordou a criação e desenvolvimento da Comissão Nacional da Verdade, expectativa de justiça com a prisão de torturadores e fez um balanço sobre as décadas de democracia. 

"(...) O surgimento da extrema direita bolsonarista foi uma surpresa. A gente realmente não esperava. Foi uma surpresa e isso demonstra a nossa incapacidade de ver o país também"

Confira a íntegra da entrevista com Lúcia Murat, exclusivo para assinantes.

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