O Vaticano anunciou nesta segunda (21), um dia após a celebração da Páscoa, a morte de Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco, aos 88 anos. Desde 2013, Francisco ocupava o mais alto cargo da Igreja Católica, sendo um líder emblemático para os fiéis num contexto geopolítico global.
Nascido em Buenos Aires em 17 de dezembro de 1936, Bergoglio foi o primeiro pontífice latino-americano da história, além de ser um jesuíta pioneiro ao assumir o posto de Pedro. Também foi o único papa eleito na era moderna após a renúncia de seu antecessor, Bento 16, num gesto que marcou a contemporaneidade da Igreja.
Durante seus quase 12 anos à frente do Vaticano como 266º papa, Francisco empreendeu esforços para modernizar a instituição, se aproximar dos fiéis por meio de gestos humildes e promover o diálogo com diversas realidades sociais.
Sua eleição, oficializada em 13 de março de 2013, no segundo dia do conclave destinado a escolher o sucessor de Bento 16, foi cercada de simbolismo. Soube-se depois que Bergoglio hesitou aceitar o cargo, indicando a dimensão da complexidade daquele momento.
Complicações respiratórias e internações
Francisco enfrentava problemas de saúde desde o início de fevereiro, quando foi hospitalizado devido a um quadro de bronquite. Internado no Hospital Agostino Gemelli, em Roma, ele foi submetido a exames e iniciou tratamento específico.
Com o passar dos dias, suas dificuldades respiratórias evoluíram, afetando sua capacidade de falar em audiências e cerimônias. Em certos momentos, auxiliares precisaram ler trechos de seus discursos. Em 14 de fevereiro, uma nova internação por uma infecção polimicrobiana, causada por múltiplos agentes, como bactérias, fungos e vírus.
O quadro se agravou no dia seguinte, quando foi diagnosticado com pneumonia bilateral —condição mais grave que a pneumonia comum, por comprometer significativamente a oxigenação e afetar ambos os pulmões.
Apesar da severidade do caso, Francisco recebeu alta após cerca de quarenta dias de hospitalização. Durante parte desse período, ele se manteve envolvido em atividades pastorais, ainda que remotamente.
Contudo, se ausentou da tradicional oração dominical na Praça de São Pedro, e se desculpou publicamente com os fiéis por não comparecer.
Legado e próximos passos
Por enquanto, o Vaticano não divulgou detalhes sobre os ritos fúnebres. Conforme a tradição, a Igreja Católica deverá convocar nos próximos dias um conclave para eleger o novo pontífice, encerrando um ciclo histórico e inaugurando uma nova era para os mais de um bilhão de católicos no mundo.
*Com informações do g1 e Lusa
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