
Maputo, capital de Moçambique, virou palco de vários protestos após eleições no País. Crédito: Luísa Nhantumbo, Lusa
Vitória da Frelimo em Moçambique e resultado contestado; o que acontece a seguir
Oposição afirma que houve fraude, e agora Conselho Constitucional precisa validar (ou não) números da Comissão Nacional de Eleições
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) de Moçambique declarou, na quinta (24), que a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder desde a independência do país, em 1975, venceu as eleições gerais realizadas no dia 9 de outubro.
Segundo a comissão, a Frelimo conquistou todos os governos das províncias e garantiu maioria na Assembleia da República, passando de 184 para 195 dos 250 assentos no Parlamento. De acordo com o órgão eleitoral, Daniel Chapo, apoiado pela Frelimo, obteve 70,67% dos votos para a Presidência, e agora espera a validação dos resultados pelo Conselho Constitucional (CC).
A oposição não reconheceu os resultados anunciados. Venâncio Mondlane, candidato do Partido Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos), Ossufo Momade, da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), e Lutero Simango, do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), questionam a transparência do processo.
Mondlane, que ficou em segundo lugar com 20,32% dos votos, convocou uma série de protestos contra o que ele considera fraudes e irregularidades.