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Crédito: Paulo Cunha, Lusa
Chega testa democracia portuguesa
Quem é o líder da extrema direita que já praticou autoflagelo e escreveu livros eróticos
A exemplo do que ocorreu no Brasil em 2018 e nos Estados Unidos em 2016, o establishment português duvida que o Chega alcance o poder nestas eleições. Não acendeu qualquer alerta nem mesmo o fato de o partido de extrema direita ter conseguido saltar de um para doze deputados na Assembleia da República em apenas uma legislatura.
Na hipótese de eleger mais parlamentares, o Chega poderá ser chamado pela social-democracia, coligada como Aliança Democrática, a compor o governo.
Os analistas políticos duvidam. Eles acham que a direita democrática não fechará os olhos para o discurso homofóbico, racista, xenofóbico e embebido em teorias conspiratórias falsas, sobre os mais diversos temas, como a de que existe um plano para a troca populacional da Europa.
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Mas quem é André Ventura?
Egresso de Algueirão Mem Martins, subúrbio de Sintra, região metropolitana de Lisboa, o líder político da extrema direita nasceu nove anos depois do 25 de Abril de 1974. André Claro Amaral Ventura cresceu no bairro que hoje diz “parecer a África” porque “só se vê pessoas negras”. Aos 41 anos recém-completados, o português de traços árabes e que um dia foi tímido e introspectivo, desejoso por ser padre e romancista, se tornou um populista.
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Filho de uma secretária e um vendedor de peças de bicicletas, ele se batizou na Igreja Católica contra a vontade dos pais. Fez primeira comunhão, crisma e seguiu para o seminário. Afirmou ao jornal Expresso que praticava autoflagelo utilizando cilício e outros materiais de castigo. Mas, depois, foi escrever livros eróticos.