02/03/2024 às 12:58
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O presidente de Governo da Espanha, Pedro Sánchez, afirmou neste sábado (2) que a "alma da Europa está em risco".
Segundo ele, o objetivo de todos os socialistas e democratas atualemnte deve ser derrotar a extrema direita, garantindo que a História avance “na direção correta”.
"Todo o progresso que alcançamos está em risco, os direitos dos trabalhadores, da igualdade entre homens e mulheres, dos serviços públicos, da liberdade e respeito pela comunidade LGBTQIA+, uma transição justa e sustentável. A alma da própria Europa está em risco."
O presidente participou da abertura do congresso do Partido Socialista Europeu (PSE), em Roma, capital da Itália.
Sánchez, que também é secretário-geral do Partido Socialista Obreiro Espanhol (PSOE), acrescentou que todos os socialistas e democratas nos países da União Europeia (UE) têm como tarefa combater a extrema direita, “derrotar essa ameaça e assegurar que a História continue na "direção correta”.
“Vamos trabalhar para trazer inovação e futuro, onde outros só prometem nostalgia e um passado que nunca existiu. O tempo nos dará razão, dá sempre”, afirmou.
"Somos defensores de uma Europa mais unida, mais solidária, mais social, mais coesa, mais aberta ao mundo, mais alargada e mais aprofundada", disse Costa durante passagem por Barcelona, onde recebeu o Prêmio para os Valores Europeus do Partido Socialista da Catalunha.
"Esta nossa visão da Europa está sob ataque, da direita populista, mas também da direita democrática que se deixa condicionar pelo populismo", acrescentou.
O líder do governo e ex-secretário-geral do Partido Socialista (PS) defendeu que "perante as ameaças globais" e ao contrário do que pretende o populismo, a resposta é "mais Europa".
Ele defendeu "mais solidariedade", investimento em inovação e emprego, reforço dos laços da União Europeia com os outros continentes, aposta no alargamento do bloco comunitário (à Ucrânia e aos Balcãs ocidentais) e o aprofundamento do projeto de integração europeu "para garantir a paz".
Um sintoma de uma guinada à extrema direita está no incremento de crimes de ódio em Portugal. Houve um aumento de 38% em 2023, em comparação com 2022, segundo dados recolhidos pela Lusa junto da Polícia de Segurança Pública (PSP) e da Guarda Nacional Republicanda (GNR).
No total, as autoridades registaram 347 crimes de discriminação e incitamento ao ódio em 2023, mais 77 casos do que no ano anterior, um aumento que é mais evidente na área tutelada pela GNR.
Na área da PSP, o registo de crimes de discriminação e incitamento ao ódio e à violência passou de 201 em 2022 para 231 em 2023 (mais 15%).
Já na área da GNR, o número de crimes contra a identidade cultural e integridade pessoal, o enquadramento do crime de ódio, passou de 69 registos em 2022 para 116 em 2023 (mais 68%).
Segundo a GNR, Portugal “não apresenta uma definição jurídica de crimes de ódio”, mas o artigo 240 do Código Penal “penaliza a discriminação e o incitamento ao ódio e à violência, com a previsão de pena de prisão para estas tipificações criminais”.
Com a Agência Lusa
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